Fim das coligações reduz número de partidos em Câmaras de Vereadores

Nos municípios que têm entre cinco e 50 mil habitantes, o número médio de partidos representados no Legislativo caiu de seis para quatro

  • Por Jovem Pan
  • 26/11/2020 08h04 - Atualizado em 26/11/2020 08h05
André Bueno/CMSP Câmara de Vereadores de SP Plenário da Câmara Municipal de SP

O número de partidos políticos com representação em Câmaras de vereadores será menor a partir do ano que vem. Isso graças ao fim das coligações, que desde essas eleições, não são mais permitidas. Atualmente, o Brasil tem 33 partidos registrados, entre direita e esquerda, situação e oposição, grandes e nanicos. E as câmaras municipais, tradicionalmente, refletem essa variedade. Nas cidades com até cinco mil habitantes, por exemplo, em média cinco partidos elegeram vereadores em 2016; agora são menos de quatro. Nos municípios que têm entre cinco e 50 mil habitantes, o número médio de partidos representados no Legislativo caiu de seis para quatro.

Já nas cidades maiores, onde vivem 70% dos brasileiros, o número de legendas com cadeiras nas Câmaras Municipais não variou muito. Isso porque, nesses grandes centros, as coligações nunca foram tão fortes quanto no interior, pelo menos no que diz respeito a disputa pelo cargo de vereador. Além do fim das coligações, onde os partidos grandes ajudavam os pequenos a conquistar vagas, as restrições para acesso ao fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão também contribuíram para esta mudança de cenário.  Nove partidos, como a Rede e o PRTB, do vice-presidente Hamilton Mourão, não alcançaram os critérios necessários para ter acesso a esses benefícios e, consequentemente, perderam força na eleição municipal. Por outro lado, a redução do número de partidos com representação nas Câmaras Municipais produziu um efeito colateral: em 14 cidades do país todos os vereadores serão do mesmo partido, sendo em 12 delas da mesma legenda do prefeito.

*Com informações do repórter Antônio Maldonado

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