‘Geraldo Alckmin tem todas as condições para ser o nosso candidato a senador’, diz secretário de Doria

No PSDB, não há espaço para que o ex-governador dispute a vaga para o Palácio dos Bandeirantes; martelo já foi batido para Rodrigo Garcia

  • Por Jovem Pan
  • 04/12/2021 11h30
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Reprodução/Youtube/Jovem Pan Wilson Pedroso em entrevista ao Jornal da Manhã Wilson Pedroso foi o coordenador de campanha do governador João Doria nas prévias do PSDB

O secretário particular do governador João Doria, Wilson Pedroso, que também coordenou a campanha do governador nas prévias do PSDB, analisou o cenário para 2022. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, Pedroso afirmou que o governador usará dezembro para fazer um “raio-x” da situação do partido nos Estados e traçar estratégias para cada um deles. O secretário de Doria não descarta o apoio do PSDB a candidatos de outras legendas. “Agora é o momento de união, de conversas com os aliados do PSDB e futuros aliados da terceira via. Acho é o momento de montar unidade e fazer um raio-x do PSDB nos Estados, identificar onde dá para fortalecer nossos candidatos e onde dá para fortalecer os aliados”, contou Pedroso. “Nós vamos privilegiar nesse momento o contato pessoal, as conversas, até 2022. Campanha e eleição é só em 2022”,

Em relação às eleições para o cargo de presidente, o secretário acredita que, por conta das prévias do PSDB e pelas turnês feitas pelos Estados, o governador Doria está melhor posicionado no cenário nacional do que seus outros candidatos da terceira via. Apesar disso, Simonte Tebet (MDB), Sergio Moro (Podemos) e Luiz Henrique Mandetta são nomes possíveis para receberem um possível apoio do PSDB. “O momento da terceira via é de diálogo. Quanto mais eles fizerem diálogo, quanto mais eles estiverem próximos, menos ruído vai existir lá na frente. Nós já estamos organizados para 2022. Acredito muito que o nosso candidato deva ser o João Doria, mas agora é um momento de diálogo, de não fechar as portas a ninguém. Sobre a abordagem de Doria contra seus adversários diretos, Pedroso garante que o governador se posicionará contra Lula e contra Bolsonaro. “O governador João Doria sempre se colocou anti-Lula e vai continuar. Ele também virou um antagonista na questão do presidente Bolsonaro, principalmente pelas questões sanitárias. Ele é um anti-Lula e um anti-Bolsonaro. O ex-ministro Sergio Moro é um parceiro de terceira via”, cravou o secretário.

PSDB oferece apoio à candidatura de Alckmin ao Senado

Conversas entre Geraldo AlckminLula sobre uma eventual chapa para a eleição presidencial de 2022 têm fortalecido o boato de que o ex-governador de São Paulo irá de desfiliar do PSDB. Entre as opções estão do PSD de Gilberto Kassab e o PSB. Há também a possibilidade de que Alckmin saía como candidato ao governo de São Paulo por esses partidos. No PSDB, não há espaço para que Alckmin dispute a vaga para o Palácio dos Bandeirantes. Caso continue no partido, a opção seria a disputa pelo Senado Federal. “O Geraldo sempre foi uma grande bandeira do PSDB, por anos foi governador. Eu torço para que ele tome a decisão de continuar no PSDB, onde sempre foi a casa dele. Nós estamos construindo para ele uma oportunidade de uma candidatura ao Senado, lógico que respeitando o governador José Serra, mas o governador Geraldo Alckmin tem todas as condições para ser o nosso candidato a senador. Existe uma avenida para isso”, disse Pedroso. “O próprio governador João Doria e o nosso pré-candidato ao governo de São Paulo, Rodrigo Garcia, já sinalizaram dessa forma. Espero que ele continue.”

Sobre o governo de São Paulo, Pedroso assegura que o martelo está batido. “Já está batido o martelo. O nosso candidato a governador vai ser o Rodrigo Garcia. Ele tem qualidade suficiente para ser o nosso candidato. Ele é um grande gestor, um grande articulador político”, avaliou. O secretário relembra que Garcia foi o único a se candidatar ao governo de São Paulo nas prévias. Para o coordenador de campanha de Doria, ainda é cedo para definir algo sobre o sucesso da campanha de Garcia com base nas pesquisas de intenção de voto. “Pesquisa é só para ajudar a montar estratégia eleitoral. As pessoas nesse momento não estão ligadas em eleição. E quando você faz pesquisa em um momento igual a esse tem mais recall de eleições passadas do que vontade política do eleitor em votar em a ou votar em b”, finalizou.

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