Jovem Pan
Publicidade

Ghosn diz que agiu sozinho em fuga do Japão para o Líbano

Carlos Ghosn

A movimentação foi grande, nesta quinta-feira (2), em frente à casa onde estaria o ex-executivo brasileiro Carlos Ghosn, em Beirute, no Líbano. Seguranças, jornalistas e curiosos dividiam espaço com carros que entravam e saiam da mansão, isolada por seguranças e policiais. O médico de Carole, mulher da Ghosn, também esteve no local.

Publicidade
Publicidade

Ao mesmo tempo, novas informações sobre a situação do ex-chefão da aliança Renault-Nissan surgiam. Em uma nota, Ghosn, afirmou que planejou a fuga do Japão para o Líbano sozinho. Ele garantiu que a família não teve participação, desmentindo especulações, principalmente, sobre o papel da esposa na fuga.

Também nesta quinta-feira, o Líbano anunciou que recebeu um pedido de prisão da Interpol contra o brasileiro. Para o governo libanês, o empresário chegou ao país de maneira legal, com um passaporte francês e uma carteira de identidade do Líbano. Beirute reforçou ainda que não tem acordo de extradição com o Japão.

De acordo com a Reuters, o brasileiro chegou a se encontrar com o presidente do Líbano, o que foi negado pelo governo.

No mesmo dia, as autoridades japonesas fizeram uma busca na casa do brasileiro em Tóquio. Os investigadores buscavam imagens de câmeras de segurança das residências vizinhas que possam ter registrado a fuga de Ghosn.

O que se sabe sobre, até o momento, é que o brasileiro escapou do Japão a bordo de um jatinho particular, fazendo escala em Istambul, na Turquia, antes de chegar no Líbano. A informação divulgada pela imprensa libanesa é de que ele teria saído de casa escondido em uma caixa para transportar instrumentos musicais depois da apresentação de uma falsa banda natalina – a versão, no entanto, foi negada negada pela mulher do empresário.

Ainda nesta quinta-feira, a polícia turca prendeu sete pessoas em uma investigação sobre como o empresário teria passado pelo país sem ser notado. Entre os detidos estão quatro pilotos.

Ghosn foi preso em novembro de 2018 por fraudes financeiras e aguardava o julgamento previsto para este ano. Ele estava em prisão domiciliar desde abril de 2019, quando pagou uma fiança de US$ 4,5 milhões.

*Com informações do repórter Renan Porto

Publicidade
Publicidade