Governadores se reunirão com Maia e Alcolumbre para discutir compra da vacina
Os estados estão preocupados com a possibilidade do presidente Jair Bolsonaro não comprar doses da CoronaVac
Na próxima semana, governadores irão se reunir, em Brasília, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado Federal, Davi Alcolumbre, para discutir a questão envolvendo a vacina contra a Covid-19. Os estados estão preocupados com a possibilidade do presidente Jair Bolsonaro não comprar doses da CoronaVac, vacina produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, esteve nesta quarta-feira, 28, com o presidente e disse que espera que o ministério da Saúde mantenha a intenção de comprar todas as vacinas que estiverem disponíveis e distribuir aos estados. O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que também esteve com Bolsonaro, garante que o estado fluminense já está se preparando para começar a imunização assim que as vacinas forem distribuídas. Depois de problemas que o Rio de Janeiro teve por causa de desvios em compras que foram realizadas sem licitação durante a pandemia, o governador em exercício, explicou que não pretende correr novos riscos. Para evitar que desvios se repitam, ele se comprometeu a fiscalizar todas as compras, que deverão respeitar todos os trâmites legais.
Durante encontro com o presidente Jair Bolsonaro, Cláudio Castro, pediu também ajuda para resolver os problemas financeiros do estado. Ele defendeu a prorrogação do chamado regime de recuperação fiscal. O pedido já foi encaminhado à equipe econômica, mas o governador fez questão de reforçar o apelo ao presidente e explicou que sem uma solução o Rio não terá como continuar pagando sua dívida e a saída será a procurar a Justiça. No mês passado, Cláudio Castro esteve com Paulo Guedes para discutir a prorrogação do acordo. O Rio de Janeiro ganhou seis meses para decidir se vai permanecer ou não no programa de recuperação fiscal. O estado tenta renovar o acordo, mas tem recebido reclamações de que não tem cumprido as chamadas medidas de austeridade definidas no contrato.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin
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