Governo celebra avanço da Previdência e estuda desidratar pacto federativo
O governo comemorou, nesta quarta-feira (2), a aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência no Senado Federal. Os destaques foram rejeitados pelos senadores, apesar do plenário ter alterado as regras para o pagamento do chamado abono salarial, o que gerou uma perda de economia, para o governo, de cerca de R$ 76 bilhões.
O ministro da Secretaria Geral, Luiz Eduardo Ramos, no entanto, minimizou a escorregada e negou qualquer tipo de derrota para a equipe econômica no Congresso Nacional. “A reforma foi aprovada depois de anos, de vários governos, e hoje, dos mais de dez destaques, nenhum passou, a maior prova da nossa vitória. Então, por favor, celebrem o Brasil, porque a reforma da Previdência vai dar um novo futuro, uma nova esperança ao nosso povo”, pediu.
Apesar disso, o governo admitiu preocupação, mas também comemorou o fato da economia não ter sido reduzida ainda mais.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, passou o dia fazendo contas. A avaliação é que, diante da dificuldade orçamentária do governo, qualquer recurso que deixa de ser economizado precisa ser compensado de outra forma. Uma das alternativas em estudo dentro é de reduzir a previsão de repasse dentro do novo pacto federativo para estados e municípios.
O secretário-geral da Presidência, Jorge Oliveira, ressaltou que ainda é cedo para fazer qualquer tipo de comentário. “Isso ainda está sendo conversado bem detalhadamente, a gente não tem nada avançado para passar para vocês ainda”, afirmou.
O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, explicou que Guedes é quem está fazendo os estudos sobre a proposta do novo pacto federativo, que será apresentada ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). Ele lembrou que, dentro dessa nova metodologia, estará prevista, também, a distribuição da chamada cessão onerosa do pré-sal.
Barros reafirmou o discurso oficial de que a meta, agora, é evitar novas desidratações ao texto da reforma da Previdência no Senado. “O governo, no momento, está satisfeito com a aprovação da proposta em primeiro turno no Senado, porém espera que não ocorra qualquer outra alteração que acarrete ainda mais redução da economia nos próximos anos.”
*Com informações da repórter Luciana Verdolin
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