Governo tem a maior arrecadação de impostos no primeiro semestre dos últimos 5 anos

  • Por Jovem Pan
  • 24/07/2019 06h36 - Atualizado em 24/07/2019 11h23
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Itaci Batista/Estadão Conteúdo Cheque A alta, em relação aos primeiros seis meses do ano passado, foi de 1,8%. Somente no mês de junho, a União arrecadou quase 120 bilhões de reais, com crescimento real de 8,2% sobre o mesmo mês do ano passado.

O governo recebeu 757 bilhões de reais em impostos, contribuições e demais receitas no primeiro semestre deste ano. Com isso, registrou a maior arrecadação federal para o período desde 2014.

A alta, em relação aos primeiros seis meses do ano passado, foi de 1,8%. Somente no mês de junho, a União arrecadou quase 120 bilhões de reais, com crescimento real de 8,2% sobre o mesmo mês do ano passado.

Esse também foi o melhor resultado para o período nos últimos cinco anos. Segundo a Receita Federal, uma das explicações para o aumento da arrecadação está na melhora do resultado de diversas empresas registrado no ano passado. De acordo com o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros do órgão, Claudemir Malaquias, houve um crescimento de 12,27% nas receitas do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido, o que garantiu mais recursos aos cofres públicos.

A meta do governo é gastar 139 bilhões de reais a mais do que vai receber até o final do ano, isso quer dizer que, quanto mais a União arrecadar, mais vai poder investir.

Para não correr o risco de extrapolar a meta e cometer crime de responsabilidade, o governo decidiu, nesta segunda-feira, contigenciar 1 bilhão 443 milhões de reais nos gastos do executivo.  Isso porque, mesmo com a alta registrada em junho e no primeiro semestre como um todo, a equipe econômica prevê que no apanhado do ano, a arrecadação federal vai ficar quase 6 bilhões de reais menor do que o que havia sido estimado.

É bom lembrar que ao longo do primeiro semestre do ano passado o Brasil enfrentou a greve dos caminhoneiros. A paralisação influenciou a arrecadação federal negativamente e facilitou que um aumento fosse registrado em 2019.

De qualquer forma, o Palácio do Planalto acredita que a aprovação das reformas da previdência e tributária, além de diversos outros projetos em áreas como energia e saneamento básico, podem contribuir para uma alta extraordinária na arrecadação que reverta as expectativas negativas.

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