Governo vai acompanhar investigação de protesto contra morte de Moïse feito em uma igreja

Bolsonaro criticou a ação que ocorreu em Curitiba durante uma celebração religiosa

  • Por Jovem Pan
  • 08/02/2022 11h02 - Atualizado em 08/02/2022 11h39
Foto: Alan Santos/PR Jair Bolsonaro Presidente da República, Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou um ato de protesto contra o assassinato do imigrante congolês Moïse Kabagambe, morto a pauladas em um quiosque no Rio de Janeiro. Manifestantes entraram em uma igreja, em Curitiba, durante uma missa no último sábado, 5, pedindo justiça. A declaração do presidente foi feita nas redes sociais. Na postagem, Bolsonaro disse: “Se esses marginais não respeitam a casa de Deus, um local sagrado, e ofendem a fé de milhões de cristãos, a quem irão respeitar? Acionei o Ministério da Justiça e o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos para acompanharem o caso, de modo a garantir que os responsáveis pela invasão respondam por seus atos e que práticas como essa não ganhem proporções maiores em nosso país”.

A arquidiocese de Curitiba se manifestou informando que o grupo agiu com agressividade e ofensas. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, em entrevista ao programa ‘Direto ao Ponto’, da Jovem Pan News, desta segunda-feira, 7, comentou o assunto: “Parece que mais um caso gravíssimo de intolerância religiosa, uma invasão de uma igreja, um desrespeito com a igreja católica brasileira, perpetrada, ao que eu vi, ao que tudo indica, vergonhosamente por um parlamentar da esquerda, que entrou e desrespeitou todas aquelas pessoas ali, que na verdade eu já pedi para o nosso jurídico analisarem o que realmente aconteceu, para gente poder informar e adotar todas as providências”.

O ministro da Justiça também comentou sobre a candidatura de Sergio Moro, juiz e ex-ministro. “Na verdade, eu acho que a candidatura dele é um direito dele, é um direito de todo cidadão que atende aos requisitos para ser presidente. Eu não vejo com bons olhos a maneira com que ele saiu do governo, não vejo com bons olhos ele concorrer contra o presidente, que acreditou nele, que deu toda a chance para ele ser o ministro Justiça do Brasil. Não sei se ser um bom um bom juiz de combate à corrupção credencia para ser um bom presidente da República. Eu acho que gestão é totalmente diferente de ser juiz numa vara criminal da Justiça Federal”, pontuou.

Anderson Torres também foi questionado sobre o crime organizado. O ministro explicou que a pauta é prioridade em seu mandato. “O crime organizado realmente se estruturou bastante no Brasil, a gente tem feito um trabalho muito firme, muito sério, muito duro de combate a essas organizações criminosas, um trabalho de inteligência, um trabalho de isolamento das lideranças dos presídios federais, de descapitalização dessas organizações criminosas. Isso é o principal, é a base do nosso trabalho, a gente chama de visão capitalista de combate ao crime, tirar o dinheiro do crime e usar esse dinheiro no combate ao crime organizado especificamente. Mas essas organizações criminosas também nos preocupam bastante, é prioridade no nosso prioridade do trabalho, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e a gente tem acompanhado isso muito de perto”, explicou. Torres também comentou sobre a alta população carcerária brasileira. Segundo ele, o país encaixota presos e é preciso evoluir muito nesta área.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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