População não quer ex-presidiário de volta ao comando do Brasil, afirma Flávio Bolsonaro

O senador, filho do presidente, integra a equipe de coordenação da campanha de reeleição ao Palácio do Planalto

  • Por Jovem Pan
  • 08/02/2022 09h20 - Atualizado em 08/02/2022 11h39
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO - 24/02/2021 O senador Flávio Bolsonaro olhando para o lado O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) já estruturou a equipe que coordenará a sua campanha à reeleição ao Palácio do Planalto. Um dos integrantes do grupo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente, concedeu uma entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta terça-feira, 8, para comentar os preparativos. Ele destacou que as conversas estão animadoras: “Todos que têm o termômetro das ruas e que acompanham o presidente e veem o seu esforço em desfazer todo aquele trabalho que a grande mídia fez de desconstrução da sua imagem estamos muito otimistas de que o resultado [das eleições] vai ser muito favorável. E todas essas rejeições que são apontadas ao presidente Bolsonaro têm a diminuir bastante”, disse. Ele ainda lembrou problemas de gestões antigas e disse que o povo vai votar em Bolsonaro para que escândalos de corrupção não voltem a ocorrer no Brasil e porque não quer ter um ex-presidiário como presidente.

“Eu tenho certeza que o povo não vai querer que nós voltemos a ter uma rotina de pessoas presas no governo federal, acusadas de desvio de corrupção, pessoas que devolvem dinheiro voluntariamente, espontaneamente, porque foram flagradas roubando, como aconteceu no governo do PT. Uma série de de pessoas importantes do governo do PT foram presas, devolveram milhões ou centenas de milhões de reais em acordos de delação premiada. Então, esse papo de que o Lula é inocente não vai colar. A tentativa [da oposição] é colocar Bolsonaro no mesmo patamar nesse assunto do que o Lula e isso é impossível. Isso salta aos olhos e ninguém vai, com certeza, acreditar nesse tipo de mentira. E todo mundo sabe o mal que o PT fez ao país e o bem que o presidente Bolsonaro está fazendo”, declarou Flávio.

Questionado sobre a maneira de angariar fundos para a campanha, o senador destacou que busca o apoio do partido União Brasil, formado a partir da fusão das legendas DEM e PSL. “Eu estou buscando costurar essa reaproximação, para que o União Brasil esteja dentro da coligação oficial do presidente Bolsonaro. O cenário é bastante animador. O PSL ficou desse tamanho por causa do presidente Bolsonaro, da sua eleição, da grande onda que foi em 2018. Nós também somos muito gratos a PSL por ter abertos suas portas para nós. Eu tenho a convicção de que isso vai acontecer. Existem alguns gargalos específicos que o presidente Bolsonaro já se colocou à disposição para tentar resolver. Da mesma parte, do lado União Brasil sabem o que a gente precisa, que é ter esse partido conosco”, disse.

Especificamente em relação ao financiamento, Flávio destacou que o PL, atual partido dele e do presidente, possui uma fundo eleitoral “razoável” e que a campanha também deverá contar com doações de pessoas físicas. “O PL tem um fundo bastante razoável. Óbvio que é insuficiente para a campanha presidencial, ainda mais nos moldes que faremos, que vamos precisar dos palanques em vários Estados. O PL terá candidatos ao governo, ao Senado, parlamentares que virão para o partido vão precisar desse suporte, deputado federal e estadual”, comentou. “Muito em breve, vamos disponibilizar um canal para o recebimento de doação de pessoas físicas. São muitas pessoas que já querem fazer a doação por acreditam no presidente Bolsonaro e porque não querem o ex-presidiário de volta a comandar o Brasil com toda a sua quadrilha que tanto mal fez ao país, tanto desemprego gerou, tanta desgraça trouxe, tantos pobres manteve na condição de miserável. Eles sabem que uma possível vinda desse pessoal de volta vai ser muito ruim para o mercado privado, para os empreendedores, para a credibilidade e imagem do Brasil. Há um engajamento muito grande de pessoas que voluntariamente e de forma anônima têm buscado um canal para fazer doações. Muito em breve vai estar disponível”, pontuou.

O senador destacou a coligação do PP, que é presidido por Ciro Nogueira, atual ministro da Casa Civil, e que vem conversando ainda com o PTB e buscando uma ratificação do apoio do Republicanos. “Estou muito confiante em uma coalisão que vai ser muito importante para dar o tempo de televisão que o presidente Bolsonaro necessitará, para que ele mostre todo o trabalho excepcional que foi feito mesmo em plena pandemia, alcançando resultados muito melhores que nos anos anteriores”, afirmou. O senador ainda informou que o nome do vice presidente deverá ser decidido pelo próprio Jair Bolsonaro e que deverá ser uma das últimas decisões da campanha, mas que a ministra da Agricultura Tereza Cristina é um dos mais fortes para o posto.

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