Governo valida sistema de meta contínua de inflação com alvo em 3%

Com a nova abordagem, o Banco Central passará a perseguir a meta de forma contínua, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, sem se vincular ao calendário anual

  • Por Jovem Pan
  • 26/06/2024 07h48
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanhado do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assina sanção do projeto de Lei N° 2/2024, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), Decisão será publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (26)

O governo federal aprovou um decreto que altera o regime de meta de inflação anual para um modelo de meta contínua, com início previsto para 2025. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), validou a mudança, que estabelece um alvo de 3% para a inflação. A decisão será publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (26), antes da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), marcada para o final da tarde, onde o grupo fixará a nova meta. A definição sobre a mudança no regime de meta de inflação ocorreu após uma reunião no Palácio do Planalto, que contou com a presença de Lula, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo. A alteração no sistema de metas de inflação, vigente desde 1999, foi anunciada em junho do ano passado por Fernando Haddad.

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Com a nova abordagem, o Banco Central passará a perseguir a meta de 3% de forma contínua, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, sem se vincular ao calendário anual. Na prática, isso significa que a autoridade monetária buscará manter a inflação dentro desse intervalo de forma constante, ao invés de se basear em metas anuais. Especialistas do mercado financeiro e economistas têm debatido amplamente as implicações dessa mudança. Alguns acreditam que a meta contínua pode proporcionar maior flexibilidade e permitir uma resposta mais ágil a choques econômicos, enquanto outros temem que a falta de um prazo anual possa reduzir a transparência e a previsibilidade das políticas monetárias. O impacto dessa nova política será observado de perto nos próximos anos, à medida que o Banco Central ajusta suas estratégias para alcançar a meta estabelecida.

*Com informações do repórter André Anelli

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