Grávidas, puérperas e lactantes dos grupos prioritários podem ser vacinadas contra Covid-19, diz SBP

O presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria lembra, no entanto, que a imunização só deve acontecer após uma avaliação da mulher com o médico responsável

  • Por Jovem Pan
  • 02/02/2021 06h44 - Atualizado em 02/02/2021 10h56
Pixabay Mulher grávida A Sociedade Brasileira de Pediatria afirma que qualquer evento adverso que ocorrer com uma mulher, com o feto ou com o recém-nascido, deve ser notificado ao Ministério da Saúde

Mulheres grávidas, que estão amamentando ou que deram à luz há pouco tempo e que fazem parte dos grupos prioritários podem se vacinar contra a Covid-19. A recomendação foi dada pela Sociedade Brasileira de Pediatria em um guia prático sobre as vacinas aprovadas contra a doença. O documento lembra que a segurança e eficácia das vacinas não foram avaliadas nestes grupos, mas estudos realizados em animais não demonstraram risco de malformações dos fetos. No entanto, a vacinação de grávidas, lactantes e puérperas, só deve acontecer depois de uma avaliação da mulher com o médico, explica o presidente da instituição, Renato Kfouri. “Se dentre os grupos priorizados, por exemplo, indígenas, profissionais da saúde, tiver uma grávida, nós devemos discutir com ela esses riscos, risco da vacinação versus risco da doença”, disse.

De acordo com Kfouri, as vacinas contra a Covid-19 são parecidas com outros imunizantes recomendados a mulheres que estão grávidas, lactantes ou puérperas. “São vacinas que chamamos de inativadas que, em teoria, como a gente aplica outras vacinas em grávidas, como coqueluche, tétano, gripe, hepatite, são vacinas do mesmo modelo, que não têm componentes vivos”, afirmou. A Sociedade Brasileira de Pediatria afirma que qualquer evento adverso que ocorrer com uma mulher, com o feto ou com o recém-nascido, deve ser notificado ao Ministério da Saúde.

*Com informações da repórter Nicole Fusco

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