Haddad promete congelar IPVA e Garcia visita Bom Prato; confira o 2º dia da campanha em SP
Candidatos ao comando do Palácio dos Bandeirantes tiveram agendas cheias na última quarta-feira, 17
No segundo dia de campanha, candidatos ao governo de São Paulo tiveram agenda cheia durante esta quarta-feira, 17. O candidato à reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB), visitou uma unidade do Bom Prato, restaurante popular mantido pelo Estado, em Paraisópolis, favela da Zona Sul da capital paulista. O tucano defendeu a proposta de criação do Cartão Bom Prato para compras em supermercados, o benefício de até R$ 300 seria ofertado a famílias em situação de vulnerabilidade social. “Nós criamos mais restaurantes, o Bom Prato Móvel, que distribui comida nas comunidades e o nosso plano de governo prevê o Bom Prato no bolso, que é um vale alimentação que está inscrita no CadÚnico. Para que mais de 1 milhão de famílias possam ter acesso a alimentação”, declarou o candidato em entrevista à imprensa durante a atividade de campanha. Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) cumpriu agenda em entrevista a um podcast do YouTube e também esteve em Brasília, onde se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e fez gravações para o programa eleitoral gratuito e mídias sociais.
Na entrevista, Tarcísio defendeu a adoção de pagamento de pedágio nas rodovias estaduais por quilômetro rodado: “A gente está fazendo os primeiros testes. Vamos tirar as praças de pedágio e adotar o ‘free flow’, que é o sistema de rodovia concedida livre de praça. Você paga por quilômetro rodado, entrou na rodovia e vai ter um pórtico que vai ver que você entrou, e você vai pagar o que você rodou”. Na área da Saúde o candidato falou em investir mais na atenção básica, como prevenção: “A visão de Saúde tem que ser integrada, onde você trabalha a promoção e a prevenção, antes de ir para a recuperação e reabilitação. Você vai melhorar a atenção primária dando uma carga de saúde digital e usando as ferramentas de telemedicina”.
O candidato Fernando Haddad (PT) cumpriu agenda em Parelheiros, no extremo sul da capital paulista, onde caminhou acompanhado da vice Lúcia França (PSB). Ambos conversaram com moradores e ouviram as demandas do distrito. O petista criticou medidas recentes do PSDB como o aumento do ICMS sobre alimentos e falou em rever a questão: “O litro de leite hoje no mercado está R$ 8. O litro do leite que era gratuito na cidade de São Paulo, você recebia em casa o leite em São Paulo. Agora você tem que ir lá com R$8 ou R$ 10 para comprar um litro de leite, porque inclusive aumentou o imposto sobre o leite. É hora de botar a cabeça para funcionar”. Haddad também prometeu congelar o valor do IPVA dos automóveis por quatro anos e questionou as concessões feitas na área dos transportes metropolitanos, como o Metrô: “Eles privatizaram a Linha-9 e não estão cobrando eficiência do parceiro privado. Todo dia está tendo pane na Linha-9. Vamos rever os contratos que foram firmados, não para desfazer, se tiver bem feito o contrato eu vou manter, mas eu vou cobrar qualidade”.
Elvis Cezar (PDT) esteve em Santana de Parnaíba, cidade onde foi prefeito, acompanhado do candidato à presidência Ciro Gomes (PDT). No evento, o candidato pedetista falou sobre reindustrialização e defendeu incentivos ao empreendedorismo: “Nós temos 10 milhões de empreendedores em São Paulo. E, nos últimos dez anos, a gente só concedeu empréstimo de R$ 2 bilhões. Só em um ano, nós passamos para R$ 54 bilhões de excesso de arrecadação. Ou seja, o Estado fechou e fez restrições para salvar vidas, só que deixou milhares de empreendedores quebrarem”. O candidato Vinícius Poit (Novo) participou de uma sabatina na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e defendeu, em entrevista à Jovem Pan News, enxugar a máquina pública para poder investir em outras áreas, como segurança pública: “Precisa diminuir as secretarias, de 26 para 16. Dá para enxugar, o Zema fez isso em Minas Gerais, pegou com 21 e trouxe para 12. Precisa cortar as mordomias, privilégios e penduricalhos dos políticos. Acabar com a mordomia do governador ter ala residencial no Palácio dos Bandeirantes. Chega, a gente vai cortar inclusive cargos comissionados e poder remunerar melhor os policiais”.
*Com informações da repórter Carolina Abelin
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