Home office cresce no Brasil e empresas adotam totalmente o teletrabalho

Gerente de operações de uma empresa internacional de recrutamento especializado observou aumento de 5% para 80% de vagas para trabalhos remotos entre 2019 e 2021

  • Por Jovem Pan
  • 20/02/2021 11h38
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Pixabay A pandemia acelerou muitas mudanças no mundo, entre elas as relações no mercado de trabalho

Um retrato de muitas empresas em 2020: salas cheias de computadores, papéis, e nada de funcionários, todo mundo trabalhando de casa. Katiuscia Teixeira é responsável pela área de gestão de pessoas de uma empresa de tecnologia, que em plena pandemia dobrou o time de colaboradores. Segundo ela, isso em grande parte foi possível porque a marca adotou o conceito “trabalhe de qualquer lugar”, contratando também fora das cidades em que estão presentes. “Em janeiro de 2021 nós migramos 100% dos nossos contratos de trabalho para essa modalidade. Hoje, então, os nossos trabalhadores podem escolher trabalhar de onde eles quiserem, da forma que acharem melhor e se acharem mais confortáveis, com muita flexibilidade”, explica. 

A pandemia acelerou muitas mudanças no mundo, entre elas as relações no mercado de trabalho. Para o futuro, ambientes como um escritório serão cada vez menos necessários. Para os especialistas em recursos humanos, o home office veio pra ficar. Tanto que o assunto já é discutido no Congresso Nacional. A Câmara dos Deputados analise vários projetos de regulamentação do teletrabalho. Uma das questões a ser resolvida é o custo dos equipamentos e das despesas. O Legislativo tenta modernizar as leis, observando também os direitos adquiridos pelos trabalhadores.

Enquanto isso, para quem busca emprego a nova configuração bate a porta. Se as entrevistas de contratações são feitas por vídeo chamada, o regime de trabalho não é diferente. Leonardo Berto é gerente de operações de uma empresa internacional de recrutamento especializado. Segundo um relatório, 80% das vagas intermediadas por eles têm sido para trabalhos remotos. Em 2019, o número respondia por apenas 5%. “Se a gente tivesse tido muita dificuldade operacional, se as empresas não tivessem empregado tanto como era esperado ou atingido a eficiência planejada, a gente teria uma conversa diferente, sobre voltar para os escritórios. Foi uma aposta, uma necessidade, que se provou muito eficiente”, diz. Leonardo chama também atenção para o impacto nos salários: profissões ligadas a tecnologia, muito demandadas neste cenário tendem a ser bem valorizadas.

* Com informações da repórter Carolina Abelin

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