Ideia é ‘caminhar em conjunto’, diz secretário de Comércio Exterior sobre Argentina

  • Por Jovem Pan
  • 29/10/2019 07h35
EFE Alberto Fernandéz argentina Presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, já trocou farpas com Jair Bolsonaro

Apesar de apoiar abertamente a reeleição do atual presidente da Argentina, Maurício Macri, o governo brasileiro não pensa em dissolver o Mercosul ou teme o acordo comercial do bloco com a União Europeia (UE) após a vitória do candidato da oposição, Alberto Fernández. Nesta segunda-feira (28), o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, disse que a Argentina é uma parceira “história e essencial” para a economia brasileira.

“Sim, a Argentina é um parceiro importante do Brasil, o Mercosul é um bloco importante para a economia brasileira e é um projeto que vai além, inclusive, do ponto de vista econômico, tem toda uma questão também voltada para a integração dos povos da América Latina. O Mercosul é parte dessa concretização e, nesse momento, precisamos sentar com o novo governo, em momento oportuno, e dialogar e ver para que lado caminharemos em conjunto. Mas a nossa ideia é seguir caminhando em conjunto”, garantiu.

Ferraz disse que ainda é muito cedo para se tirar conclusões sobre os rumos a Argentina trilhará nas mãos de Fernández, mas fez questão de dizer que o Brasil não “abrirá mão de suas convicções”, entre elas a “internacionalização da economia, mudanças estruturais no Mercosul – como a redução da tarifa externa comum – e o avanço nas negociações com a UE“.

Apesar de, durante a campanha presidencial, o presidente eleito do país vizinho ter feito críticas ao acordo Mercosul-UE, o secretário de Comércio Exterior não acredita na possibilidade de a Argentina romper o pacto. Segundo Ferraz, esse acordo é muito favorável aos dois blocos e teve enorme aceitação da sociedade argentina.

“Pelo que foi visto dentro da Argentina, houve um forte apoio da sociedade. Portanto acho muito pouco provável que o novo governo do país, por exemplo, tome uma posição radical de retirar a Argentina do acordo. Teve uma aceitação muito clara por parte da sociedade argentina, não vejo um caminho nessa direção”, afirmou.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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