Iniciativa leva testes rápidos às maiores favelas de SP

Em Heliópolis, testes rápidos vão até a segunda-feira (5)

  • Por Jovem Pan
  • 03/10/2020 08h09
EFE/EPA/AMPE ROGERIO Teste de Covid-19 Pronto em vinte minutos, ele identifica se a pessoa já teve contato com o vírus anteriormente ou se está infectada naquele momento

Moradores da favela de Heliópolis, na Zona Sul de São Paulo, estão sendo testados para a Covid-19. A ação, que começou nesta sexta-feira (2) e termina na segunda (5), tem como objetivo descobrir quantos moradores da comunidade, considerada a maior da capital, já tiveram contato com a doença. Quatro equipes de enfermeiros do projeto Bora Testar são responsáveis por baterem na casa dos moradores e fazerem os exames.

Maria de Fátima Oliveira, de 64 anos, foi escolhida para ser testada depois de responder a um questionário elaborado pelos especialistas. O teste realizado é o rápido, feito com uma gota de sangue. Pronto em vinte minutos, ele identifica se a pessoa já teve contato com o vírus anteriormente ou se está infectada naquele momento. Para o alívio de Maria de Fátima, que já teve membros da família com a doença, o exame deu negativo.

O Sacomã, distrito ao qual Heliópolis faz parte, tem sido uma das regiões mais afetadas da cidade de São Paulo. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, foram 383 óbitos Covid-19 até o dia 18 de setembro. O presidente da Ação Comunitária Nova Heliópolis, José Marcelo da Silva, explica que a ação é importante para o controle da comunidade. A idealizadora do projeto, Emilia Rabello, explica que os dados coletados são encaminhados para as autoridades para ajudar na construção de políticas públicas de combate à doença.

O projeto Bora Testar foi criado para levar testes de diagnóstico para o coronavírus às dez maiores favelas do país e Heliópolis é a segunda comunidade a recebê-lo. No primeiro semestre de 2020, a mesma ação foi feita na favela de Paraisópolis, também em São Paulo. Agora, o objetivo da campanha é testar os moradores de Cidade Tiradentes, também na capital, e da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.

*Com informações do repórter Beatriz Manfredini

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