Vacina da Moderna contra a Covid-19 não ficará pronta antes de novembro
A declaração de Stéphane Bancel frustra a expectativa de Donald Trump, que garantiu a vacina contra o novo coronavírus até o final de outubro
A empresa americana de biotecnologia Moderna anunciou que não conseguirá concluir os testes clínicos de sua vacina contra a Covid-19 até o final deste mês. Em entrevista ao jornal britânico “Financial Times”, nesta sexta-feira, 2, o CEO Stéphane Bancel afirmou que “Teremos dados suficientes sobre a segurança (da vacina) em 25 de novembro para podermos solicitar uma aprovação emergencial da Agência Federal de Medicamentos, desde que os dados de segurança sejam positivos”, declarou o representante.
Desta forma, a Moderna acaba frustrando os planos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, candidato à reeleição e que garantiu disponibilizar uma vacina aos norte-americanos antes da eleição, marcada para o dia 3 de novembro de 2020. “Acelerei o processo com a Agência Federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (FDA, na sigla em inglês). Teremos uma vacina em questão de semanas, pode ser quatro semanas, pode ser oito semanas. Temos muitas empresas excelentes”, disse o republicano na metade de setembro. Trump, inclusive, testou positivo para o novo coronavírus nesta sexta-feira, algo que impacta em sua campanha, já que o mandatário minimizou a pandemia desde o seu começo e chegou a ridicularizar Joe Biden, seu rival, pelo uso excessivo de máscaras de proteção.
A vacina da Moderna, assim como a da Pfizer e Johnson & Johnson, está na última fase dos testes clínicos, na qual a vacina experimental ou um placebo são injetados aleatoriamente em dezenas de milhares de voluntários para verificar se ela é segura e eficaz. Ao mesmo tempo, os testes da vacina AstraZeneca/Oxford continuam suspensos no país.
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