Iniciativas ajudam mulheres em situação de vulnerabilidade social a empreender

Programa ‘#PraFrente’ capacita moradoras de favelas no país; ao final do curso, 77 projetos serão selecionados e vão receber um investimento de R$ 4.500

  • Por Jovem Pan
  • 17/10/2021 13h22
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Karolina Grabowska/Pixabay mulher digitando no notebook Curso '#Prafrente' tem duração de 4 meses, com aulas presenciais e online que ensinam as alunas a se tornarem empreendedoras

Simone Lima de Vale sempre buscou atividades para complementar a renda. Ela é professora, mas já vendeu chocolates, cosméticos e até roupas. No início da pandemia, com a demissão do marido e um filho de 2 anos, as contas apertaram ainda mais. “As coisas de 10 foram para 0. A gente começou a trabalhar para comer. Para pagar água e luz, não sobrava dinheiro”, conta.
Simone sempre se interessou pelo comércio e iniciou um curso online para profissionalizar as vendas. “Eu tenho dois objetivos: um é trabalhar com vendas de roupas e o outro é ter um capital para iniciar a fabricação de bolsas”, diz Simone, que mostra como o curso a fez mudar seu olhar para as vendas. “Como que eu posso querer um futuro de empreendedorismo sendo que eu tenho que me avaliar? Saber qual é o meu sonho, qual é o meu objetivo. Antes eu comprava roupa e saia vendendo aleatoriamente. E agora eu vi que a gente tem que ter um segmento. O curso vem abrindo portas de conhecimento para mim que antes eu não tinha”, afirma.

A professora é uma das 6 mil mulheres selecionadas para o programa “#PraFrente“, uma iniciativa da ONG Gerando Falcões e Fundación Mapfre, que capacita moradoras de favelas no país. O curso tem duração de 4 meses, com aulas presenciais e online que ensinam as alunas a se tornarem empreendedoras. Além do aprendizado voltado à carreira, o CEO e fundador da organização, Eduardo Lyra, ressalta a abordagem da inteligência emocional. “Entregar possibilidade e perspectiva para a favela, em especial para as mulheres engatarem uma marcha para frente e retomar uma vida econômica. A vida já encontra muita garra, resiliência, transformação e imaginação. Quando você coloca uma plataforma com oportunidades e ferramentas, essa combinação pode destravar e criar muito valor dentro da favela”, aponta Lyra. Ao final do curso, 77 projetos serão selecionados e vão receber um investimento de R$ 4.500.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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