Joe Biden vê atuação de ‘terroristas domésticos’ em invasão ao Capitólio

Em discurso, o democrata apontou traços autoritários de Donald Trump, como a incitação à violência contra a imprensa nos Estados Unidos

  • Por Jovem Pan
  • 08/01/2021 06h27 - Atualizado em 08/01/2021 10h22
EFE/EPA/PETER FOLEY O presidente dos Estados Unidos Joe Biden Para Biden, a invasão do Capitólio foi um ato promovido por terroristas domésticos estimulados por Donald Trump

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira, 07, que a invasão do Capitólio foi um ato promovido por terroristas domésticos estimulados por Donald Trump. Em discurso, o democrata disse que durante os quatro anos do governo Trump aconteceram constantes atentados às leis. Biden apontou, ainda, traços autoritários de Trump, como a incitação à violência contra a imprensa nos Estados Unidos. Segundo ele, a linguagem usada pelo presidente contra jornalistas é típica de ditadores e autocratas.

A pressão pela saída antecipada do republicano é crescente na política americana. A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, pediu ao vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, que invoque a 25ª emenda para remover Trump do cargo. Pelosi alertou, ainda, que caso Pence não acate seu pedido, a Câmara consideraria o impeachment para tirá-lo da presidência. A secretária de Transportes, Elaine Chao, casada com o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, renunciou ao cargo e se tornou a autoridade administrativa de mais alto escalão a renunciar após as incitações de Trump. Em contrapartida, no Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, minimizou a invasão ao Capitólio e não responsabilizou Trump pelos atos violentos. Pelo Twitter, o chanceler chamou os militantes de cidadãos de bem e avaliou que eles têm o direito de questionar o processo eleitoral. Araújo ainda levantou dúvidas sobre a participação de infiltrados na invasão.

*Com informações do repórter Renato Barcellos

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