Justiça arquiva ação de Maria do Rosário contra Bolsonaro

Deputada do Partido dos Trabalhadores entrou com processo em 2014

  • Por Jovem Pan
  • 25/07/2023 10h32 - Atualizado em 25/07/2023 10h49
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MAURO PIMENTEL / AFP Jair Bolsonaro Former Brazilian President Jair Bolsonaro gestures as he speaks to members of the media upon arrival at the Santos Dumont Airport in Rio de Janeiro, Brazil, on June 29, 2023. Judges will continue delivering verdicts Thursday on charges that far-right ex-president Jair Bolsonaro broke the law with his unproven allegations against Brazil's election system, which could see him banned from holding office for eight years. (Photo by MAURO PIMENTEL / AFP) Justiça do Distrito Federal arquiva ação de Maria do Rosário contra Bolsonaro

A Justiça do Distrito Federal decidiu, nesta segunda-feira, 24, arquivar a ação penal da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Na decisão, o juiz Francisco Antonio Alves de Oliveira verificou que, de acordo com a legislação penal, os crimes de calúnia e injúria imputados ao ex-presidente prescreveram. “Tendo em vista a data do recebimento da queixa-crime, o período em que o processo permaneceu suspenso, o correspondente prazo prescricional e a pena máxima cominada no caso verifica-se a ocorrência da prescrição da pretensão punitiva do Estado, uma vez que transcorridos mais de três anos sem que tenham ocorrido outras causas de interrupção e suspensão”, escreveu o magistrado. Em 9 de dezembro de 2014, durante discurso no plenário da Câmara dos Deputados, Bolsonaro disse que só não estupraria Maria do Rosário porque “ela não merecia”. Na sequência, a deputada processou Bolsonaro, que respondeu às acusações no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo foi suspenso quando ele assumiu a Presidência da República, em 2019. Após o fim do mandato e do foro privilegiado, a Corte determinou que o caso voltasse a tramitar na primeira instância da Justiça do DF. A defesa de Bolsonaro alegou que o embate entre Maria do Rosário e Bolsonaro ocorreu dentro do Congresso e deveria ser protegido pela regra constitucional da imunidade parlamentar, que impede a imputação criminal quanto às suas declarações. Apesar disso, Bolsonaro pediu desculpas pelas falas proferidas a Maria do Rosário.

*Com informações do repórter Bruno Pinheiro.

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