Justiça determina que Prefeitura de SP suspenda interdição de ruas da Cracolândia para demolir imóveis
Decisão atende a um pedido da Defensoria Pública do Estado, que alega que moradores da região teriam sido impedidos de entrar nas residências, algumas vezes sob ameaça de agentes municipais
O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a suspensão dos bloqueios nas ruas da Cracolândia, no centro da capital. Tapumes chegaram a ser colocados pela prefeitura na área conhecida como fluxo, onde ficam concentradas centenas de usuários de drogas, para permitir a demolição de imóveis abandonados na Alameda Dino Bueno e também no Largo Coração de Jesus. O objetivo da gestão Bruno Covas (PSDB) é abrir espaço para a construção de moradias populares. A repórter Mônica Simões mostrou o início da operação no Jornal da Manhã, da Jovem Pan. “Existem muitas barracas feitas com plástico preto e muita gente aglomerada. Algumas pessoas da prefeitura estão de colete azul e verde e conversam com esses moradores a todo o momento. Um estudo realizado pela Unifesp aponta que o valor de consumo diário de drogas, só na Cracolândia, pode chegar a R$ 192 por usuário”, relatou a repórter.
Na decisão, o juiz Luiz Manoel Fonseca Pires determina que o prefeito Bruno Covas suspenda imediatamente os bloqueios na região, no entorno da estação Júlio Prestes da CPTM e também que pare todas as ações que dificultem o acesso dos moradores ao imóveis. Em caso de descumprimento, o magistrado alerta que prefeitura poderá incorrer em possíveis atos de improbidade administrativa. A decisão atende a um pedido da Defensoria Pública do Estado de SP. O órgão alega que moradores da região teriam sido impedidos de entrar nas residências, algumas vezes sob ameaça de agentes municipais.
* Com informações do repórter Marcelo Mattos
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