Lágrimas, comoção e vigílias: Argentinos prestam homenagens a Maradona

O corpo do jogador será velado na Casa Rosada, sede da presidência em Buenos Aires; a estimativa é que 1 milhão de pessoas participem da despedida

  • Por Jovem Pan
  • 26/11/2020 05h46 - Atualizado em 26/11/2020 10h40
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EFE/ Enrique García Medina Pelas ruas de Buenos Aires, os fãs se reúnem para celebrar os feitos de uma das lendas do futebol, bem como outros que lamentam a perda

Lágrimas, comoção, vigílias e muitas homenagens. Assim foi a noite e o início de madrugada para milhares de argentinos que se despedem de seu ídolo maior, o eterno camisa 10, Diego Armando Maradona. Os torcedores do Argentinos Juniors, clube em que o atleta começou a carreira profissional em 1976, se reúnem no estádio do time em Buenos Aires e entoaram cantos em torno de um altar. No estádio do Newell’s Old Boys também houve manifestações. Maradona jogou apenas sete partidas pelo clube de Rosário em 1993, mas isso não diminui o sentimento dos torcedores como Fernando, que na porta do estádio lembrou viver um dia terrível, no qual o futebol está de luto por Maradona, a pessoa que uniu o país.

Canções e tributos na porta da ‘La Bombonera’ não param. A casa do Boca Juniors, onde Diego Maradona jogou por duas passagens de sua carreira, foi tomada por uma catarse. Pelas ruas de Buenos Aires, os fãs se reúnem e nem o risco de contágio pela pandemia de coronavírus faz a homenagem parar. Torcedores tomaram o obelisco da capital argentina, um dos cartões postais do país, pessoas celebram os feitos de uma das lendas do futebol, bem como outros que lamentam a perda. As primeiras manifestações emocionadas ocorreram ainda no necrotério para onde foi levado o corpo do atleta, reunindo centenas de pessoas. Maradona sofreu uma parada cardiorrespiratória em sua casa na cidade de Tigre, na região metropolitana da capital, nesta quarta-feira, 25, e morreu aos 60 anos. Há dias, o craque passou por uma delicada cirurgia no cérebro para drenar uma pequena hemorragia cerebral. Seu médico afirmou, à época, que havia preocupação pela sua condição de saúde.

Fora da Argentina a comoção pela morte de Maradona também foi sentida. Em Havana, capital cubana, os moradores reagiram lembrando da proximidade do ex-atleta com o país e seu líder histórico, Fidel Castro. Inclusive pelo fato da data da morte de Maradona coincidir com o quarto ano da morte do presidente comunista. Em Nápoles, na Itália, os torcedores locais fizeram homenagens ao ídolo do clube dos anos 80 e 90. O prefeito da cidade propôs que o estádio San Paolo, agora seja renomeado como reverência ao jogador. O governo da Argentina declarou luto oficial de três dias e o corpo de Diego Maradona será velado na Casa Rosada, sede da presidência em Buenos Aires, a partir desta quinta-feira, 26. A estimativa é de que cerca de 1 milhão de pessoas participem da despedida ao ídolo argentino.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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