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Lava Jato acusa Paulo Preto e filhas de lavar dinheiro por meio de hotel

Brasil, São Paulo, SP. 31/10/2010. Ex-diretor de engenharia da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, chega ao Colégio Joana D'Arc, na zona sul da capital paulista, onde votou para as eleições nacionais de 2010. Na época, segundo a reportagem da revista IstoÉ, Paulo teria desviado 4 milhões de reais da campanha para a Presidência da República do candidato José Serra, do PSDB. - Crédito:ROBSON FERNANDJES/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Codigo imagem:114190

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta quinta-feira, 2, o ex-diretor da estatal Dersa, Paulo Vieira Souza, conhecido como Paulo Preto, por lavagem de dinheiro. Segundo a força-tarefa da Operação Lava Jato, Paulo, as duas filhas e a ex-mulher dele, Ruth Souza, são acusados de usar um hotel da família em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, para cometer crimes. Na denúncia, o MPF diz que Ruth Souza e o gerente da hospedaria criavam hospedagens falsas no hotel Giprita para justificar a entrada de recursos ilegais nas contas. Dessa forma, ainda segundo a acusação, empresários faziam parte do esquema pagando propina para obter vantagens em contratos na construção de obras públicas no estado.

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A denúncia não faz uma estimativa do valor total lavado por meio do hotel, mas menciona que a família comprou carros de luxo, uma lancha e de um apartamento de uma das filhas, que custou um milhão e meio de reais. Paulo Vieira de Souza é suspeito de ser operador do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) durante gestões do partido no governo de São Paulo. Ele acumula condenações por corrupção, principalmente no âmbito da Operação Lava Jato. Em 2019, ele foi sentenciado a 145 anos de prisão, a maior condenação da Lava Jato, e foi preso, mas cumpre prisão domiciliar desde março por causa da pandemia de coronavírus. A Jovem Pan não localizou a defesa de Paulo Vieira Souza, da ex-mulher e das filhas.

*Com informações do repórter Leonardo Martins

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