Liberação da rodovia Mogi-Bertioga deve demorar dois meses, afirma prefeito de Bertioga

Segundo Caio Matheus (PSDB), a estrada foi o único ponto da cidade com deslizamento de terra grave, já que o município não teve desmoronamento de casas

  • Por Jovem Pan
  • 22/02/2023 08h30 - Atualizado em 22/02/2023 12h13
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JONNY UEDA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 19/02/2023 Piso afundado na rodovia Mogi-Bertioga Deslizamento da estrada Mogi-Bertioga, na altura do km 82

O prefeito da cidade de Bertioga, Caio Matheus (PSDB), concedeu uma entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta quarta-feira, 22, para falar sobre as preocupações com as chuvas no litoral norte do Estado de São Paulo. Segundo ele, a rodovia Mogi-Bertioga, que passa pela cidade e está interditada, deve demorar dois meses para ser liberada após deslizamentos de terra. “Bertioga não possui moradias em áreas de encostas, suscetíveis a deslizamentos. O único ponto de deslizamento foi na rodovia Mogi-Bertioga, que está ainda obstruída. E a previsão de liberação para o tráfego é coisa de dois meses. Houve vários pontos de alagamento. Prejuízo financeiro, com certeza. O decreto de calamidade possibilita uma velocidade de investimentos e aumento da parceria com o Estado. Foi acertada a decisão do governador Tarcísio”, disse.

O prefeito ressaltou que Bertioga recebeu o maior volume de chuvas da história do Brasil nos últimos dias, com acumulados de 700 milímetros em 72 horas. Ainda assim, ressaltou que não foi a cidade com mais danos, diante dos inúmeros desabamentos em São Sebastião, com 48 mortes e 40 desaparecidos. “É uma tragédia sem precedentes. Nós aqui da região costa sul do litoral norte nunca passamos por nada semelhante. Bertioga, para se ter ideia, acumulou número recorde de precipitação, por volta de 700 milímetros em 72 horas. É o maior registro da história do país. No entanto, a situação em Bertioga hoje está sob controle. Houve restabelecimento em todos os sistemas de distribuição de água da Sabesp. Hoje, a nossa zeladoria está trabalhando ainda na desobstrução de algumas vias. As máquinas estão nas ruas. Por mais que Bertioga tenha sido a cidade com maior índice pluviométrico, não foi a mais afetada. A mais afetada, sem sobra de dúvidas, foi São Sebastião, que é limítrofe à Bertioga. Bertioga chegou ao número de 21 desalojados, mas, neste momento, não existem mais desalojados na cidade”, explicou o prefeito.

Caio Matheus ainda pontuou a ação conjunta dos municípios da região, junto com Estado e União, para ajudar as vítimas em São Sebastião. “Nós estamos com ações também em São Sebastião, encaminhamos máquinas, equipes, retroescavadeira para auxiliar na altura do Km 174, próximo a Barra do Sahy, para conseguir desobstruir a rodovia Rio-Santos e, com isso, facilitar a chegada de materiais, mantimentos, kits de higiene e do próprio resgate”, disse.

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