Líder do governo na Câmara ressalta importância de reverter decisão do Senado sobre reajuste de servidores
O governo federal tenta reverter a derrota para manter o veto a reajuste de servidores
O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros, disse que a derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro não impacta apenas o orçamento de guerra, mas todos os próximos orçamentos. O governo federal tenta reverter a derrota no Senado para manter o veto a reajuste de servidores que combatem à pandemia da Covid-19. “Isso pressiona o teto de gastos que queremos manter. Se nós queremos cumpri-lo, precisamos cortar despesas”, explicou. O teto de gastos não pode ser furado pelo poder Executivo, mas o Congresso pode votar uma PEC que altera o limite dele.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o deputado falou das expectativas para a votação que acontece nesta quinta-feira (20) às 15 horas na Câmara. “É muito importante para o governo vencer hoje, mas também é bem difícil. Muitos dos parlamentares são servidores públicos”, explicou. Ricardo Barros disse que os deputados já estão trabalhando desde ontem. “Tivemos apoio da maioria dos líderes e da totalidade da base do governo. Esse impacto está previsto em R$ 129 bilhões, não é o momento adequado”, argumentou. Porém, por conta das reuniões online, Barros disse que não tem como avaliar o clima no Congresso e a situação das articulações políticas.
Ricardo Barros afirmou que Jair Bolsonaro está preocupado em cuidar dos mais pobres e até já disse que não vai ter aumento na carga tributária — mas que será preciso conter despesas e cobrar de quem não contribui. Para isso, as expectativas são de aprovar a reforma tributária, unir impostos e facilitar a vida do contribuinte. De acordo com ele, tem muita coisa que pode ser feita nesse cenário. Quanto à reforma administrativa, o líder do governo na Câmara garantiu que os servidores públicos em situação ativa neste momento não precisam se preocupar, já que possíveis alterações só vão valer para os novos servidores. “Não há pretensão do presidente, nesse momento, de mexer com os que já estão lá no cargo.”
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