Liderado por Bolsonaro, Comitê da Covid-19 faz primeira reunião nesta sexta-feira

A prioridade será discutir estratégias para recompor o orçamento geral da união, que chegou ao Congresso com R$ 43 bilhões a menos que no ano passado

  • Por Jovem Pan
  • 26/03/2021 09h54
Gabriel Biló/Estadão Conteúdo A proposta de trabalho do grupo é criar uma coordenação nacional para o enfrentamento da pandemia

O presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto, nesta quinta-feira, que formaliza a criação do “Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19”. O grupo faz nesta sexta-feira, 26, a primeira reunião com a presença de governadores de todo país. O encontro será conduzido pelo presidente do senado Rodrigo Pacheco. A prioridade será discutir estratégias para recompor o orçamento geral da união, que chegou ao Congresso com R$ 43 bilhões a menos que em 2020. Projetos para geração de emprego e renda, voltados à população vulnerável,  programas para retomada da economia e criação de ambiente favorável para investimentos privados, também estarão na pauta. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, falou sobre a importância de manter o diálogo com todos os atores da sociedade, entre eles, prefeitos e o governo federal. “O nosso inimigo comum é o vírus e temos que olhar para esse vírus como grande inimigo comum e parar de brigar.”

A proposta de trabalho do novo Comitê é criar uma coordenação nacional para o enfrentamento da pandemia. Segundo o presidente Jair Bolsonaro, o entendimento sobre importância da vacinação em massa contra a Covid-19 foi unânime entre os membros do grupo, que contará com a participação do Congresso Nacional e de governadores, além da liderança do chefe do Executivo. “Mais do que harmonia, imperou a solidariedade e a intenção de minimizar os efeitos da pandemia. A vida em primeiro lugar”, disse o mandatário durante anúncio da proposta.

Nesta quinta-feira, o Brasil bateu um novo recorde na pandemia, com mais de 100 mil casos de Covid-19 registrados em 24 horas. Ao todo, são mais de 12,3 milhões de ocorrências de diagnósticos positivos no país. Nesse contexto, a Alemanha anunciou a doação de 80 respiradores e acessórios para uso hospitalar ao Amazonas. Os equipamentos serão trazidos por um avião da força aérea alemã e devem chegar a Manaus neste sábado, 27. Segundo o embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thoms, a Alemanha já estuda outras formas de ajudar o Brasil, já que a cooperação mundial é a única forma de vencer a crise sanitária. “A pandemia será vencida quando for vencida em todas as partes do mundo. Ouvimos muito sobre essa diferentes variantes e isso mostra que ninguém está seguro até que todos estejam seguros”, disse. Questionado sobre a declaração do presidente, de que a chanceler Angela Merkel recuou do lockdown, Heiko Thoms disse que o país tem adotado restrições rígidas frente à pandemia. “Temos um lockdown muito rígido. As lojas estão fechadas, ninguém na Alemanha pode viajar. As regras são muito fortes, muito rígidas.”

*Com informações da repórter Caterina Achutti

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