Lula encontra Boulos para negociar apoio do PSOL a sua candidatura à presidência

Na ocasião, o psolista voltou a criticar o nome de Geraldo Alckmin como eventual vice do petista

  • Por Jovem Pan
  • 02/02/2022 09h13 - Atualizado em 02/02/2022 10h05
Reprodução/Twitter/@LulaOficial Lula e Boulos Presidente Lula (PT) encontra Guilherme Boulos (PSOL) durante a campanha eleitoral de 2022

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta terça-feira, 1º de fevereiro, com o Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato ao governo de São Paulo, para negociar o apoio do partido a sua candidatura à presidência da República. PT e PSOL geralmente são aliados naturais, porém os psolistas ainda não declararam apoio à candidatura de Lula. O ex-presidente usou as redes sociais para agradecer o apoio do PSOL nos últimos anos e salientou a importância do partido, não só na disputa presidencial como também no desafio de governar e construir um Brasil mais justo e solidário.

Durante a reunião, Boulos voltou a fazer críticas ao nome de Geraldo Alckmin (sem partido) como eventual vice de Lula. Outro ponto de desacordo entre os dois partidos da esquerda é o pleito ao governo de São Paulo. Enquanto o PSOL deve lançar Guilherme Boulos, o PT trabalha com o nome de Fernando Haddad ao Palácio dos Bandeirantes. Nenhuma das duas siglas cogita a possibilidade de abrir mão de suas candidaturas majoritárias para a apoiar outra no Estado. A expectativa é que a executiva nacional da PSOL se reúna nas próximas semanas para discutir o apoio ao ex-presidente Lula.

Outro partido que ainda não chegou a definição sobre o seu futuro foi o Cidadania. A executiva nacional do partido se reuniu nesta terça e não chegou a sobre a formação de federação junto ao PSDB, Podemos ou PDT. Todos os três partidos fizeram propostas oficiais à sigla. As federações partidárias fazem com que os partidos trabalhem de forma unificada em todo o país, seja em eleições majoritárias ou proporcionais por, no mínimo, quatro anos. Os 21 integrantes da executiva nacional do Cidadania votaram as três propostas, mas nenhuma delas obteve maioria. O cenário que mais se aproximou de uma votação favorável foi a possibilidade de união com o PSDB. Houve empate em dez a dez e uma abstenção. Internamente, existem alas do Cidadania que são favoráveis à candidatura de Sérgio Moro (Podemos) ou de Ciro Gomes (PDT), o que dificulta a formação de uma federação com o PSDB e a candidatura de João Doria (PSDB). Senador e pré-candidato à presidência pelo Cidadania, Alessandro Vieira disse que o diretório nacional do partido vai se reunir em breve para discutir o tema e ressaltou que política se faz com construção respeitosa e diálogo sem imposições e atropelos.

*Com informações do repórter João Vitor Rocha

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