Lula faz novo aceno a Ciro Gomes e celebra apoios de FHC e Tebet em evento com novos aliados

Reunião em São Paulo contou com a presença de Carlos Lupi (PDT), Kátia Abreu (PP) e Hélder Barbalho (MDB)

  • Por Jovem Pan
  • 06/10/2022 07h44
Reprodução/Jovem Pan News lula-apoios-2-turno-eleicoes-2022-alckmin-katia-abreu-helder-barbalho Lula (PT) conquistou o apoio de Kátia Abreu (PP) e Hélder Barbalho (MDB) no 2º turno da disputa presidencial

Em evento com aliados nesta quarta-feira, 5, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agradeceu os novos apoios para o 2º turno das eleições de 2022 e disse que ficou emocionado ao ver fotos antigas ao lado de Fernando Henrique Cardoso, que declarou voto no petista. O ex-presidente também elogiou as propostas colocadas por Simone Tebet (MDB): “A companheira Simone acaba de lançar o manifesto dela. É um manifesto bom, faz as críticas que ela fez durante a campanha e apresenta cinco propostas para serem colocadas no meu programa de governo. Eu acho muito importante que seja assim, não é um apoio formal, é um apoio programático”. “Não é uma história de 3,5% de votos. O Ciro vale muito mais do que isso, é muito mais importante do que isso e significa muito mais do que isso”, declarou Lula em um novo aceno a Ciro Gomes (PDT). O acordo com Tebet foi fechado durante um almoço na casa de Marta Suplicy e o encontro público de Lula com a senadora deve acontecer até o fim desta semana.

Em um hotel no Centro de São Paulo, Lula recebeu o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, senadores, governadores e candidatos que manifestaram apoio à sua candidatura. Hélder Barbalho (MDB), governador reeleito no Pará, disse que o colega de partido, ex-presidente Michel Temer (MDB), não vai se posicionar: “O MDB nunca fugiu dos momentos em que foi desafiado para ajudar o Brasil. E não será agora que nós iremos fugir desta luta”. Já a senadora Kátia Abreu (PP) fez duras críticas a Jair Bolsonaro (PL): “Nós estamos precisando no nosso país de um líder amoroso, um líder que ama e que é amado. Que as pessoas já mais confundam. Que no nosso país a gente não possa continuar confundindo pessoas corajosas, com uma pessoa tosca. Como mãe, como mulher, como senadora da República, mas, principalmente como avó, eu não suporto mais ver o meu Brasil armando as pessoas, que se matam nas ruas, nos restaurantes, nos bares e no trânsito, nossos jovens chorando pelo Prouni, e o líder maior da nação debochando e imitando as pessoas sofridas morrendo nas camas de hospitais, nas portas dos hospitais, fazendo imitações toscas e ridículas”.

Lula voltou a dizer que o objetivo é rodar o Brasil e conversar com o povo para angariar mais votos e afirmou que irá aos debates: “Eu gosto de comício, gosto de passeata, gosto de carreata. Eu sinceramente acho que campanha a gente tem que olhar no olho das pessoas. A gente tem que sentir o bater no coração das pessoas. A gente tem que ver a manifestação e a reação das pessoas em cada palavra que a gente fala. Eu sei que vai ter debate, não sei ainda se estão organizados os debates. Mas eu não vou fazer mais debate do que o necessário. Eu posso fazer um ou dois debates. Mas eu quero ir pra rua conversar com esse povo. O ex-presidente também prometeu valorizar os prefeitos do país: “A gente criou uma sala de prefeituras dentro da Casa Civil. A gente criou um gabinete de prefeitura em cada superintendência da Caixa Econômica Federal nas capitais. Porque a gente queria evitar que um prefeito de cidadezinha pequena, que não sabe nem fazer um projeto para reivindicar coisas para a sua cidade ficasse perambulando em Brasília pedindo ajuda de um deputado, às vezes não conseguindo uma audiência com ministro”. O encontro contou com a presença de dez partidos, incluindo siglas que não compõe a aliança do PT. Um dos objetivos era o de atacar apoios conseguidos por Bolsonaro. Lula disse que o adversário conseguiu apenas “mais do mesmo”, ou seja, aproximações com quem já estava ao lado do atual presidente no 1º turno.

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