Maia alerta sobre teto de gastos e diz que não há espaço para o crescimento de despesas permanentes
A avaliação é que para que o investidor tenha confiança e aplique capital externo no Brasil, é preciso deixar claro que a austeridade fiscal é uma política de Estado
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, acredita que a manutenção do teto de gastos é fundamental para que o Brasil consiga se recuperar da crise gerada pelo coronavírus. A avaliação é que não há espaço para crescimento de despesas permanentes e que, para que o investidor tenha confiança e aplique capital externo no Brasil, é preciso deixar claro que a austeridade fiscal é uma política de Estado. Em uma videoconferência com representantes da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base, nesta quinta-feira, 06, Maia voltou a criticar a ideia de se criar um novo imposto no âmbito da reforma tributária.
Para o presidente da Câmara, a medida já se mostrou errônea no passado e nada mais é do que transferir para sociedade a conta de um Estado ineficiente, sem que haja qualquer contrapartida na vida do cidadão. Rodrigo Maia acredita que a saída está em tornar o estado brasileiro mais eficiente, e não na criação de novos impostos. Ele reconhece que os gastos inesperados para combater o coronavírus interferiram na política fiscal, mas é contra o aumento de despesas ou de carga tributária para cobrir esse rombo.
O presidente da Câmara defende que parte dos mais de R$ 1,4 trilhão que o governo pode gastar sem ultrapassar o teto sejam remanejados para conter os efeitos da pandemia. Na avaliação de Rodrigo Maia, o governo federal tem feito um bom trabalho na alocação de recursos. Ele também acredita que os programas de incentivo aos pequenos empresários vão ajudar o país a se recuperar mais rapidamente da crise. Essas medidas, no entanto, não são suficientes. Para o presidente da Câmara, é preciso aprovar a reforma tributária e investir, em parceria com a inciativa privada, em infraestrutura.
*Com informações do repórter Antonio Maldonado
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