Mais de 3,6 mil crianças foram abusadas por padres na Alemanha entre 1946 e 2014

Um novo escândalo de pedofilia na igreja católica aumentou a já forte pressão sobre o papa Francisco. A publicação Spiegel Online vazou um estudo apontando que mais de 3,6 mil crianças foram violentadas na Alemanha por padres entre 1946 e 2014.
O levantamento aponta que 1.670 religiosos cometeram os abusos. 38% foram processados e a grande maioria só recebeu medidas administrativas leves como punição.
As vítimas são na maioria meninos de até 13 anos. Um em cada seis chegou a sofrer estupro.
O estudo foi feito por três universidades alemãs que analisaram 38 mil documentos em 27 dioceses do país. Ele foi feito a pedido da própria igreja católica e deveria ser divulgado daqui a alguns dias, mas acabou vazando na imprensa antes.
A instituição, no entanto, reconheceu que o objetivo da pesquisa é mostrar a dimensão do problema que envergonha os católicos. Além disso, também é uma tentativa de corrigir os erros cometidos na forma como as acusações foram tratadas ao longo de décadas.
O papa Francisco tem sido acusado de acobertar casos históricos de pedofilia, embora a igreja já esteja relacionada a estes escândalos há décadas.
Nesta quarta-feira (12), o Vaticano chamou os líderes das conferências episcopais de todo o mundo para uma reunião entre 21 a 24 de fevereiro sobre a proteção de crianças e adolescentes contra abusos sexuais de religiosos.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.