Manaus reforça policiamento após série de ataques por morte de traficante
Ônibus, agências bancárias, viaturas da polícia e uma ambulância do Samu foram incendiados em represália
O policiamento foi reforçado no Amazonas após uma série de violentos ataques em Manaus e três cidades do interior neste domingo, 06. Após policiais militares matarem o líder da facção Comando Vermelho, Erick Batista Costa, conhecido como “Dadinho”, ônibus, agências bancárias, viaturas da polícia e uma ambulância do Samu foram incendiados. A Secretaria de Segurança Pública criou um gabinete de crise para monitorar a situação. O governador Wilson Lima disse que os ataques são uma reação ao combate ao narcotráfico. “Todas as forças de segurança estão em alerta. Nós triplicamos a quantidade de policiais nas ruas e estamos montando barreiras em locais estratégicos”, disse. A delegada geral da Polícia Civil, Emília Ferraz, disse que um dos mandantes do crime já foi preso. “Ele na verdade foi responsável pelo mando das ações que aconteceram no bairro da Redenção. Ele está, no momento, sendo flagranteado por esse tipo de crime. As polícias Civil, Militar e todo o sistema de segurança pública aumentaram consideravelmente seu efetivo e estarão nas ruas de forma contundente.”
A secretaria de segurança do Amazonas confirmou que a ordem para os ataques partiu de um presídio da capital, em represália à morte de um traficante. O descontrole dentro das cadeias do Estado, dominadas por facções, assusta a população e provoca reações no meio político. O deputado Marcelo Ramos (PL), vice-presidente da Câmara, disse é hora do poder público agir. “É preciso asfixiar o tráfico, asfixiar o duto das atividades legais que financiam o tráfico na cidade de Manaus. Se nós não fizermos isso, nós perderemos o controle e Manaus virará um novo Rio de Janeiro. inteligência e investimento em segurança pública para que a gente possa retomar a paz em Manaus e no Estado do Amazonas”, afirmou. O Estado é uma das principais portas de entrada de cocaína no país. De lá, a droga é levada sobretudo para o Norte, Nordeste e também para a Europa.
*Com informações da repórter Caterina Achutti
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