Marinho diz que seu papel agora é conversar com parlamentares sobre reforma

  • Por Jovem Pan
  • 01/03/2019 08h28
Reprodução/Facebook Ele ressaltou, no entanto, que o papel de articulação política para garantir a aprovação é dos líderes do governo

O secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, está otimista com a votação da reforma da Previdência pelo “novo Congresso”, referindo-se à renovação sofrida pelo Congresso Nacional este ano. Ele disse que o seu papel depois de ter finalizado o texto é conversar com esses parlamentares. “Até porque conheço eles individualmente, estava lá há 20 dias.”

Ele ressaltou, no entanto, que o papel de articulação política para garantir a aprovação é dos líderes do governo, apesar de reconhecer que tem um bom trânsito no parlamento após três mandatos como deputado, o que facilita as conversas, na opinião do secretário. Para ele, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, será fundamental nessa negociação e tem ajudado bastante o governo.

“O Congresso deverá aperfeiçoar, mas o projeto que o governo defende é o que ele mandou”, disse, evitando comentar sobre possíveis flexibilizações no texto. “O projeto apresentado é o projeto que a equipe econômica acha necessária para recuperar a conta publica, por isso, aguardamos o início da discussão na CCJ e no plenário para que tudo seja transparente”, completou.

Ele afirmou que, como era esperado e sempre acontece, associações e corporações tentam defender seus interesses, mas espera que isso seja feito de forma clara e em voz alta. Na hora em que alguma categoria for tratada de forma diferenciada haverá impacto na capacidade e investimento na saúde, na educação, afirma. Tudo bem as corporações tentarem, mas tem que ser feito em voz alta, disse.

Segundo Marinho, as corporações têm “gritado” sobre o impacto nos casos mais polêmicos como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e da aposentadoria rural, mas em voz baixa pedem mudanças para privilegiar categorias. “Eles falam publicamente que estão preocupados com o velhinho do BPC, isso é o que está ocorrendo nas corporações, mas depois falam baixo para tentar mudar (alguma regra)”, explicou.

*Com Estadão Conteúdo

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