Ministério da Saúde avança na busca por mais vacinas contra a Covid-19

Além disso, a pasta orientou que grávidas tomem a segunda dose do imunizante do mesmo laboratório da primeira

  • Por Jovem Pan
  • 20/05/2021 08h40 - Atualizado em 20/05/2021 10h27
ADRIANA TOFFETTI/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 15/12/2020 Frasco de vacina da Moderna Ao todo já foram distribuídos mais de 90,5 milhões -- sendo que 54 milhões já foram aplicadas

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou na quarta-feira, 19, o interesse em firmar parcerias para compra de vacinas da Moderna, imunizante que tem alta capacidade de resposta a variantes da Covid-19. O Ministério comemorou a chegada de mais 620 mil doses da Pfizer que estão sendo utilizadas para imunizar quem tem comorbidades. Com isso, o país já recebeu 2,8 milhões apenas desse imunizante até agora. O ministro Queiroga, durante lançamento de campanha de incentivo à doação de leite materno, lembrou da necessidade de se imunizar as grávidas que aparecem como grupo de risco importante para a Covid-19.

O ministro alertou que as gestantes que já tomaram a primeira dose da AstraZeneca devem esperar o parto para, só depois, receber o reforço da vacina. Neste momento, apenas aquelas com comorbidades estão sendo imunizadas. Mesmo assim, elas só estão recebendo doses da CoronaVac e da Pfizer. “Nós sabemos que a indicação de vacinas em gestantes é uma indicação fora da bula, mas o governo brasileiro, o Ministério da Saúde, em parceria com o Conas e Conasems, entendeu que era um ponto estratégico a vacinação das gestantes. E nós vamos nos empenhar muito.”

Sexta-feira deverão chegar ao Brasil mais de cinco milhões de doses da vacina da AstraZeneca em parceria com a Fiocruz, ampliando para quase 35 milhões o numero de imunizantes dessa empresa no país. Ao todo já foram distribuídos mais de 90,5 milhões — sendo que 54 milhões já foram aplicadas. Ontem a Anvisa se reuniu com representantes do Instituto Butantan para falar sobre os requisitos necessários para autorização dos estudos clínicos na Butanvac, que será totalmente nacional. Antes do sinal verde o Butantan terá que apresentar mais esclarecimentos.

Na prática, a agência pretende analisar não apenas a proposta de pesquisa — mas também os dados da vacina. Ontem também a Anvisa recebeu o pedido de aplicação temporária para uso emergencial da vacina do laboratório chinês CanSino. A analise da documentação já foi iniciada e os técnicos agora estão fazendo a triagem para verificar se todas as informações já foram devidamente apresentadas. O prazo da Anvisa é de até sete dias uteis. Os testes já foram feitos no Paquistão, Rússia, Chile, Argentina e no México.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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