Ministro da Educação nega mudanças na escolha de reitores de universidades

Em audiência pública na Câmara dos Deputados, Milton Ribeiro também falou sobre sua solicitação de aumento no orçamento do MEC para investir em institutos e universidades brasileiras em 2022

  • Por Jovem Pan
  • 21/10/2021 09h03 - Atualizado em 21/10/2021 13h01
FREDERICO BRASIL/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Milton Ribeiro durante coletiva de imprensa Desde o início do governo Bolsonaro, foram escolhidos 19 reitores que não venceram eleições internas. Entretanto, Milton Ribeiro nega a interferência

O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, negou mudanças na escolha de reitores de universidades. Em audiência pública na Câmara dos Deputados, ele foi questionado pelos parlamentares sobre as indicações. “Eu desconheço qualquer iniciativa do MEC em fazer qualquer tipo de mudança na indicação de reitores, tanto de institutos quanto de universidades. Isso é uma novidade. Não consta em nenhum processo nosso, pelo menos os já encaminhados até aqui. Em nenhum momento se cogitou isso”, afirmou. Desde o início do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), foram escolhidos 19 reitores que não venceram eleições internas. No entanto, o presidente da República tem prerrogativa de não seguir, por exemplo, a lista tríplice de cada universidade.

O ministro da Educação confirmou aos deputados que deve criar 10 institutos federais em nove estados do país. Milton Ribeiro avalia que será possível ampliar a oferta de vagas em áreas remotas do Brasil. “Se acredita que a criação dessas novas instituições trará benefícios diretos e indiretos para todas as regiões do país, potencializando a oferta e a interiorização do ensino profissional, científico, técnico e superior”, disse. O ministro citou novas universidades como a do Sudeste, do Sudoeste do Piauí, da Amazônia Maranhense e do Alto Solimões. Milton Ribeiro disse ter solicitado aumento orçamentário para as universidades em 2022. “Eu sou ousado. Os senhores vão decidir isso, mas eu ousei na proposta de orçamento do MEC para o ano que vem eu pedi, só para o discricionário, 17% de aumento, para as universidades, e 28% para institutos federais. Eu fiz o meu papel. Fiz contas. Nós precisamos recompor as questões dos laboratórios das instituições”, comentou. Ribeiro ainda lamentou que a pandemia tenha causado o agravamento da crise em instituições federais. Para o titular do MEC, a criação de novas universidades tende a democratizar o acesso ao ensino superior e técnico.

*Com informações da repórter Nanny Cox 

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