Ministro do Trabalho confirma salário mínimo de R$ 1.302 sem reajustes até abril

Luiz Marinho também falou que situação atual dos trabalhadores de aplicativos ‘beira o trabalho escravo’ e vai se reunir com a categoria nesta quinta-feira, 19

  • Por Jovem Pan
  • 19/01/2023 09h39 - Atualizado em 19/01/2023 11h54
Reprodução/TV Brasil luiz-marinho-ministro-do-trabalho-e-emprego-reajuste-salario-minimo-reproducao-TV-Brasil Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, durante anúncio do reajuste do salário mínimo em janeiro de 2023

Nesta quarta-feira, 18, o Governo Federal confirmou o salário mínimo para 2023 e de acordo com o anúncio do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, o valor deve ficar em R$ 1.302,00. Durante a campanha eleitoral de 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez a promessa de um reajuste que chegaria a R$ 1.320,00, valor acima da inflação. Em uma reunião com frentes sindicais, o presidente e o ministro receberam a proposta de reajustar o salário mínimo em R$ 1.343,00. Mas, o Governo Federal firmou que é impossível promover este aumento neste momento. Foi criado um grupo de trabalho que discutirá propostas para um aumento real do salário. A expectativa é que haja a elaboração de uma proposta para a política de valorização do salário mínimo em até 45 dias. A tendência é que o novo valor seja apresentado em 1º de maio, quando é celebrado o Dia Internacional dos Trabalhadores. Segundo o ministro Luiz Marinho, serão feitas análises econômicas da situação do país.

“Estamos instituindo um grupo de trabalho que discutirá a política de valorização do salário mínimo. Igualmente aconteceu lá em 2005 e 2006 e junto visita o valor do presente ano. Esse trabalho que vai resultar se o salário mínimo de R$ 1.302,00 vai ser para o ano todo, ou se ele poderá ser revisado até maio. Essa é a definição de hoje. Hoje é R$ 1.302,00, em maio pode ser que haja alteração a partir desse trabalho que nós vamos construir”, declarou.

Durante o anúncio, o ministro do Trabalho e Emprego também fez uma comparação entre a atividade de entregadores e motoristas de aplicativo e o trabalho escravo: “Nós acompanhamos a angústia de trabalhadores e trabalhadoras de aplicativos, que muitas vezes têm que trabalhar 14 a 16 horas por dia para poder levar o pão e o leite para casa. Isso, no meu conceito de trabalho, isso beira o trabalho escravo. Portanto, aqui as empresas de aplicativos, das plataformas, não se assustem. Não há aqui nada de mais, a não ser o propósito de valorizar o trabalho. Valorizar o trabalho e trazer a proteção social”. Nesta quarta-feira, 19, Luiz Marinho recebe sindicalistas para discutir a atual situação dos trabalhadores de aplicativos.

*Com informações do repórter David de Tarso

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.