Moro nega possibilidade de ser vice de Doria em 2022 e diz que Guedes erra ao ficar no governo

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan News, ex-juiz criticou os extremos políticos representados por Lula e Bolsonaro: ‘Vão levar o país à ruína’

  • Por Jovem Pan
  • 15/12/2021 09h26 - Atualizado em 15/12/2021 09h52
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RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, discursa durante lançamento de seu livro Avaliação do ex-ministro é que o atual momento é propício para que os pré-candidatos apresentem suas propostas e futuramente façam as alianças

O ex-juiz Sergio Moro negou a possibilidade de disputar as eleições de 2022 como vice do governador de São Paulo, João Doria. Segundo o ex-ministro da Justiça, embora o Podemos reúna esforços de “vários partidos”, não há qualquer possibilidade de retirada da sua candidatura à presidência da República. “Apenas coloquei em um momento passado, quando estava conversando com todo mundo, que nós temos que nos unir em um determinado momento. Claro que temos que nos unir em torno da candidatura com mais chance de êxito, mas quem vai dizer isso são as pesquisas. Pelo que falam os analistas, o maior potencial contra esses dois extremos é o nosso projeto”, afirmou em entrevista exclusiva o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News.

A avaliação do ex-ministro é que o atual momento é propício para que os pré-candidatos apresentem suas propostas, “tentem construir caminhos” e futuramente, se unam em prol do objetivo comum: evitar os extremos políticos, representados pelo ex-presidente Lula e pelo presidente Jair Bolsonaro. “Não quero fazer excesso de drama, mas, no momento que o país se encontra, na beira do abismo por conta desses extremos e da economia ruim, temos que conversar e nos unir. Claro que toda conversa tem que ter por base princípios, valores e determinados limites. Mas é possível construir boa política agindo dessa maneira”, afirmou, dando destaque para as candidaturas de Centro que, segundo ele, devem se aglutinar. “O que a gente precisa fazer é evitar os extremos que vão levar o país à ruína. Tanto um quanto o outro, é isso que vai acontecer”, acrescentou.

A respeito das propostas para a economia, Sergio Moro está se reunindo com especialistas para tratar sobre temas como a erradicação da pobreza; meio ambiente; tributos e leilões de concessões. Ele reconheceu ter um perfil liberal, mas defendeu programas como o Bolsa Família e o Auxílio Brasil. “Você não conhece nenhum país do mundo que cresce baseado em um modelo estatal de economia. Mas em um país como o nosso, com tantas desigualdades, com tantas pessoas desempregadas, passando fome, temos que ter políticas sociais robustas e de erradicação da pobreza”, afirmou. Ainda sobre a área econômica, o ex-juiz criticou a PEC dos Precatórios, citou a alta da inflação com um “fracasso econômico sendo repetido” e opinou sobre o atual ministro, Paulo Guedes. “Tenho apreço pessoal até pelo ministro. Ele se equivoca em algumas afirmações e até em permanecer no governo que não o apoia, isso é muito claro. Mas a ideia da economia eu chamei o Affonso Pastore, que é um dos maiores economistas do país e está reunindo um grande time” completou.

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