Mutirões ajudam a reduzir espera por cirurgias sem urgência na rede pública de São Paulo

Iniciativa da secretaria de saúde do Estado fez com que 750 mil pessoas que aguardavam por cirurgias eletivas sem urgência fossem atendidas

  • Por Jovem Pan
  • 25/11/2023 08h16 - Atualizado em 25/11/2023 08h17
Tomaz Silva/Agência Brasil SUS 240 mil pessoas necessitavam de 54 tipos de procedimentos que tinham maior demanda

Uma iniciativa do Estado de São Paulo tem tentado reduzir a fila e criar novos leitos para quem espera por cirurgias sem urgência na rede pública. De acordo com o secretário de saúde do Estado, Eleuses Paiva, em quase um ano de gestão foram realizados mutirões para viabilizar as operações. Dados mostram que 750 mil pessoas que aguardavam por cirurgias eletivas sem urgência foram atendidas. Dentre desse número, 240 mil necessitavam de 54 tipos de procedimentos que tinham maior demanda. “Nós tínhamos pessoas aguardando um tempo inapropriado para uma cirurgia cardíaca. Para ampliar, o governo do Estado investiu R$ 150 milhões. Para oncologia, com recursos do Tesouro do Estado, foram investidos R$ 415 milhões. Para mutirão de cirurgia, foram R$ 320 milhões. Semana que vem, vamos anunciar cirurgia de ortopedia”, afirmou o secretário.

Outra mudança anunciada pela secretaria estadual de saúde de São Paulo é quanto ao programa de incentivo à gestão básica. Antes, o repasse era de R$ 4 a cada habitante para que os municípios pudessem fazer a gestão desse recurso. Em 2024, o valor será entre R$ 10 e R$ 35. Cada cidade vai ter que obedecer alguns critérios, além de bater metas. “O primeiro critério vai ser o número de habitantes da cidade. Nós sabemos que, quanto menor a cidade, mais dificuldade tem o seu gestor de poder contratar uma equipe de estratégia de saúde da família, que é o que nós queremos ampliar em todo Estado. E o outro índice vai ser o de vulnerabilidade social do município. Então, 40% desse recurso vai ser passado por município. Os outros 60%, o município vai ter que mostrar para o Estado, a cada seis meses, como está essa aplicação. São vários indicadores que nós vamos estar remunerando adequadamente, mas exigindo do município uma eficiência no gasto para melhorar esses indicadores”, esclareceu Eleuses. 

O plano de saúde digital também está no foco do governo para atender de maneira virtual o maior número de pessoas, dando celebridades atendimentos em toda a rede. “Queremos ampliar entre 50% e 60% do atendimento digital mas, muito mais do que isso, melhorar o atendimento da atenção básica”, completou o secretário. O objetivo da secretaria é que o Estado de São Paulo possa ser referência em saúde com um número cada vez menor de pessoas que ficam até anos aguardando para algum tipo de atendimento ou procedimento. 

*Com informações do repórter David de Tarso

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