Na mira da CPI da Covid-19, Cláudio Castro diz não ver motivos para prestar esclarecimentos

Segundo o governador, à época em que começaram as contratações e compras pro enfrentamento da pandemia, ele era vice e não tinha ingerência sobre essas decisões

  • Por Jovem Pan
  • 18/06/2021 10h17 - Atualizado em 18/06/2021 17h12
Daniel Resende/Enquadrar/Estadão Conteúdo Cláudio Castro, governador do Rio, dá entrevista coletiva usando uma máscara escura O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, assumiu após impeachment de Wilson Witzel

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou nesta quinta-feira, 17, que não vê razões ou motivos para ter que comparecer à CPI da Covid-19, em Brasília. O nome dele vem sendo cogitado há algumas semanas. E, a qualquer momento, os senadores vão definir se Castro terá ou não que prestar esclarecimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito. Castro conseguiu ficar de fora na primeira lista de convocados, que incluiu o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel. Witzel foi convocado porque começou a comandar o enfrentamento à pandemia de Covid-19 quando ainda estava à frente do Palácio Guanabara. Depois, surgiram denúncias de ilegalidade e irregularidades que culminaram com o impeachment dele, em abril deste ano, por crime de responsabilidade. Witzel ainda perdeu direitos políticos por cinco anos.

Segundo Cláudio Castro, à época em que começaram as contratações e compras pro enfrentamento da pandemia de Covid-19, ele era vice-governador e não tinha ingerência sobre essas decisões. “Não tem nenhuma conta em relação a mim. Não tem nenhum contrato. Nada, nada, nada, nada. Com certeza eu fui investigado. Eu duvido que o Ministério Público Federal não tenha investigado a todos e, se não me me denunciaram, é a grande prova de que o Edmar realmente começou a falar de todos indiscriminadamente, porque ele queria era se livrar da cadeia”. O agora ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, que esteve na CPI da Covid-19 esta semana, já é réu em dois processos que tramitam na justiça. Um na Justiça Federal Fluminense e outro no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ainda há outras duas denúncias contra Witzel por causa de suspeitas de irregularidade nas compras e contratações para o enfrentamento à pandemia.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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