Na pior recessão em 300 anos, Reino Unido projeta retomada a partir do 2º semestre
Se o lockdown se for necessário por mais tempo, as previsões serão diretamente impactadas
As vacinas contra a Covid-19 que estão sendo aplicadas ao redor do mundo neste momento podem mudar o jogo não apenas na saúde pública. A economia também é um ponto crucial que deve ser amplamente beneficiado com o avanço da imunização em certos países. No Reino Unido o governo aposta suas fichas na retomada do PIB a partir do segundo semestre. Até lá, praticamente toda a população adulta do país já terá recebido as duas doses necessárias para proteção contra a Covid-19.
Os britânicos enfrentam hoje a pior recessão em 300 anos: o PIB está 8,5% menor do que era antes da pandemia. As projeções para este ano indicam que a economia britânica deve crescer perto dos 5%. Serão necessários pelo menos dois anos para recuperar as perdas trazidas pelo Covid. Mas, é claro, isso depende diretamente da habilidade de manter o Covid-19 sob algum controle. Se o lockdown se fizer necessário por mais tempo essas projeções serão impactadas.
E é por isso que o governo britânico insiste que o sucesso da campanha de vacinação está diretamente ligado à recuperação econômica. O governo conservador segue elevando a capacidade do país de distribuir as vacinas nacionalmente. Londres deve receber um centro de vacinação 24 horas nos próximos dias para acelerar ainda mais a aplicação das doses. O Reino Unido vai receber, neste ano, a Conferência do Clima, a Cop26, e também um encontro do G7 ampliado.
Os britânicos querem utilizar os dois eventos para se firmarem como líderes globais da chamada “revolução industrial verde”. A bandeira ambiental é outro eixo da recuperação econômica sendo proposta pelos conservadores britânicos. O sucesso no mundo pós pandemia, acredita Boris Johnson, depende de vacina e política ambiental. Esse é o caminho que o país pretende percorrer para se manter entre as principais economias do mundo.
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