‘Impeachment não é importante no momento’, diz candidato do PSL à presidência da Câmara

General Peternelli, entrevistado pelo Jornal da Manhã neste sábado, falou sobre ser do ‘baixo clero’ na busca pela presidência e da importância da participação popular na Câmara

  • Por Jovem Pan
  • 30/01/2021 08h07 - Atualizado em 30/01/2021 09h12
Najara Araújo/Câmara dos Deputados General é um dos candidatos à presidência da Câmara

O candidato do Partido Social Liberal (PSL) à presidência da Câmara dos Deputados, General Petterneli, foi entrevistado pelo Jornal da Manhã neste sábado, 30. Na conversa, ele falou sobre seu plano de participação popular nas votações da Casa e sobre pautas que não foram abordadas até o momento pelo atual presidente, Rodrigo Maia. Visto como alguém com poucas chances de levar o comando da Câmara, atualmente rachada entre Baleia Rossi (MDB) e Arthur Lira (PP), o general não descarta a possibilidade de um segundo turno, mas não imagina que o voto secreto cause grandes revoluções na votação da casa. “Não acredito que teremos grandes surpresas no final e eu me candidatei exatamente nesse aspecto de levantar ideias”, afirmou. Uma das principais bandeiras dele é abrir parte da pauta discutida para votação pública.

“Hoje a pauta é decidida exclusivamente pelo presidente, muitas vezes projetos que são do interesse geral, se não for do interesse do presidente, acabam não sendo pautados”, afirmou. Ele explica que a proposta é composta por três partes: a primeira seria a votação de pautas entre os próprios deputados. Cada um deles escolheria 10 temas diferentes e os mais votados comporiam 50% da pauta geral. A segunda seria uma votação pública por meio do número do CPF e a terceira seria a escolha do presidente. “Essa votação da população comporia 20% da pauta. Os 30% da pauta restante definida pelo presidente, como é hoje, ouvindo os líderes, o governo e a minoria”, afirmou.

Questionado sobre se ele acredita na legitimidade de algum dos muitos pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro protocolados na Casa, ele listou uma série de outros temas que acha mais importantes no Brasil da pandemia. “Por isso mesmo que eu abordo essa pauta participativa. Não creio que o tema do impeachment seja importante para o nosso país no momento, o que nós temos que estar discutindo no momento é a pandemia, temos que estar discutindo o retorno às aulas, a educação é fundamental, temos que estar discutindo a reforma tributária”, afirmou, garantindo que, apesar de tudo, os poderes devem ser independentes e harmônicos, seguindo o artigo 2º da Constituição. Além do General, pelo menos outros 7 deputados se candidataram para a presidência da Câmara dos Deputados. A eleição será realizada no dia 1º de fevereiro.

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