Empresas e lideranças refutam greve de caminhoneiros
Presidente de associação de condutores de veículos e representante do sindicato patronal descartam participação na greve marcada para 1º de fevereiro no Brasil
Caminhoneiros de todo o Brasil estão divididos sobre a greve anunciada para a próxima segunda-feira, 1º. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro fez apelo à categoria contra a paralisação, motivada mais uma vez pela sequência de reajustes no diesel, o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, condenou a mistura política no ato. “Está levantando um movimento político por trás disso, movimento a favor do presidente, movimento contra o presidente, movimento contra o STF, movimento contra governadores… E a categoria não pode participar disso. Nós não podemos levar essa carga, essa carga é muito pesada. Pessoal, estamos cobrando os mecanismos para que a gente tenha vez, para que seja cumprida a fiscalização, para que a gente tenha isso. Quero comunicar a todos que a Abrava, esse movimento agora do dia 1º a Abrava não participa”, afirmou.
Do lado patronal, todas as entidades se posicionam contra. O presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), Francisco Pelucio, reforça que lideranças dos caminhoneiros também não pretendem parar. “Essa entidade que está aí convidando para fazer essa greve do dia 1º ainda não é reconhecida. Nós estamos estranhando, inclusive, essa liderança tentando fazer uma greve, mas temos a garantia de algo, da Casa Civil, do Ministério da Infraestrutura que darão segurança para os empresários do transporte de cargas e com isso nós não paramos e não vamos parar. Vamos continuar abastecendo nosso país em um momento tão importante, tão grave como este”, disse. O Governo Federal tem dificuldades para atender as reivindicações, diante do rombo fiscal na pandemia. Em relação ao diesel, há o avanço dos preços no mercado internacional e a defesa da política de paridade da Petrobras. O presidente da estatal, Roberto Castello Branco garante que o combustível não é caro no Brasil e condena pressões políticas para controlar os valores praticados nas bombas dos postos. Em 2018 o Brasil parou em razão da ação coordenada dos caminhoneiros, com forte impacto na economia do país.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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