‘Não havia irregularidades quando saí da Saúde’, diz Ricardo Barros sobre operação da PF
Líder do governo na Câmara negou envolvimento com ação que investiga fraudes na aquisição de remédios de alto custo durante sua gestão no ministério
O deputado federal Ricardo Barros negou que tenha acontecido qualquer irregularidade na aquisição de medicamentos de alto custo durante a sua gestão do Ministério da Saúde. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta quarta-feira, 22, o parlamentar falou sobre as operações da Polícia Federal realizadas nesta terça-feira e garantiu que não há qualquer relação com as investigações. “É direito da Polícia Federal e do Ministério Público de investigar, mas não sou alvo da operação. Não houve ação que envolvesse a mim, mas parte do processo foi feito no meu período de ministro”, afirmou. Para o líder do governo na Câmara dos Deputados, que assumiu a gestão da pasta da saúde de 2016 a 2018, período em que teriam ocorrido as irregularidades, os agentes federais devem “estar buscando outro tipo de irregularidades”, já que, segundo ele, o processo de aquisição dos remédios “está explicado”.
“Quando saí do ministério para concorrer às eleições o prazo de entrega não tinha sido vencido. Quando saí do ministério não havia irregularidades. Depois que a empresa acabou não entregando o resto [dos medicamentos] e as medidas foram tomadas. Esse processo já ocorre há muitos anos, não vi nenhuma irregularidade”, ressaltou o deputado. A Polícia Federal cumpriu 15 mandados de busca e apreensão nesta terça-feira. As ações aconteceram após investigações apontarem que a Global Gestão em Saúde, de Francisco Maximiano, que também é dono da Precisa Medicamentos, envolvida no Caso Covaxin, deu um prejuízo de R$ 20 milhões ao governo. Ricardo Barros é réu em um processo de improbidade administrativa por suspeita de ter favorecido a empresa para a venda dos remédios.
Ainda durante a entrevista, Ricardo Barros também falou sobre o discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. Na visão do líder do governo, o pronunciamento era “absolutamente previsível”, já que enalteceu o país, falou do avanço da vacinação, do crescimento de 5% da economia em 2021 e das leis ambientais. “Ele demonstrou que o Brasil é um bom lugar para se investir. Falou para a sua base de apoio, mas deu o recado para o mundo. O Brasil não é um gigante adormecido, é um gigante em pé”, finalizou.
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