‘Não interessa a ninguém uma Rússia debilitada’, declara Celso Amorim sobre rebelião do grupo Wagner
Declaração veio após o ex-chanceler ser questionado por jornalistas sobre qual era a posição do governo do presidente Lula (PT) a respeito da maior rebelião militar em solo russo desde os anos 1990
O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, disse nesta segunda-feira, 26, que o restante do mundo não quer uma Rússia enfraquecida pelo levante do grupo mercenário Wagner contra o governo de Vladimir Putin. A declaração veio após o ex-chanceler ser questionado por jornalistas sobre qual era a posição do governo do presidente Lula (PT) a respeito da maior rebelião militar em solo russo desde os anos 1990: “Nós temos todo o interesse que volte à normalidade, eu acho que não interessa a ninguém uma Rússia debilitada e enfraquecida e eu acredito que vai voltar à normalidade”. A fala de Celso Amorim foi dada no Ministério das Relações Exteriores durante um almoço em celebração dos 200 anos das relações diplomáticas entre Brasil e Argentina, na quinta visita do líder argentino Alberto Fernández ao Brasil. No sábado, 24, o ex-chanceler representou o Brasil em uma reunião em Copenhague organizada pela Ucrânia para discutir com vários países as perspectivas de uma paz duradoura.
O Brasil já condenou a invasão russa à Ucrânia na Organização das Nações Unidas (ONU), mas se recusou a armar as forças ucranianas e aprovar sanções contra o governo de Putin, sendo alvo de críticas de potências ocidentais. Em vez disso, o presidente Lula propôs a elaboração de um grupo de países que articule a paz para o conflito e nos últimos meses enviou Amorim a Kiev e Moscou para encontros diplomáticos.
*Com informações do repórter Paulo Edson Fiore
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