‘Nenhuma vacina foi distribuída aos municípios fora do prazo de validade’, diz secretário de SP

Jean Gorinchteyn falou sobre erros de reporte ao sistema de vacinação e descartou possíveis riscos à saúde

  • Por Jovem Pan
  • 03/07/2021 09h00 - Atualizado em 03/07/2021 09h04
MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO O secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, falando ao microfone durante coletiva de imprensa Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn

O secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou neste sábado, 3, que nenhuma vacina de Oxford, produzida pela AstraZeneca contra a Covid-19, foi enviada aos municípios paulistas fora do prazo de validade. A declaração aconteceu após uma reportagem da Folha de S. Paulo mostrar que oito lotes do imunizante vencidos foram aplicados em mais de 26 mil brasileiros. Segundo Gorinchteyn, as doses enviadas aos municípios passam por uma verificação, sendo, dessa forma, excluída a possibilidade de envios fora da validade. “Há um processo de dupla checagem, avaliamos a qualidade, lotes e data de validade. Como passam por um período curto nos centros de distribuição, na sua saída há uma nova checagem. Nenhuma vacina foi distribuída aos municípios fora do prazo de validade”, afirmou ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan. De acordo com o secretário, a prerrogativa do Estado é de não armazenar as vacinas em nenhum município, o que diminui também a possibilidade de vencimento dos compostos. “Só aconteceu armazenamento para a CoronaVac, por ter a segunda dose 28 dias depois. Nas outras vacinas, como a AstraZeneca e a Pfizer, elas são usadas de imediato. Portanto, não haveria porque imaginarmos que os lotes estariam vencidos”, pontuou.

Jean Gorinchteyn citou a possibilidade de que as inserções sobre as doses administradas nos municípios tenham acontecido com atraso por causa de problemas técnicos. Ou seja, as vacinas teriam sido aplicadas na validade, mas o sistema de imunização foi atualizado fora do período adequado. “Alguns municípios acabaram fazendo o reporte de forma cumulativa, depois de duas, três, quatro semanas, contra a nossa recomendação, e as vacinas constavam vencidas”, completou. Segundo o secretário, não há riscos à saúde dos cidadãos, mas uma discussão sobre a eficácia das doses fora do prazo. “Quando temos um medicamento ou vacina que esteja no seu expirar de validade, ela tem um período de dois, três e até seis meses de validade, não nos amparamos a isso. De forma alguma haveria problema para quem fez isso [tomou a vacina vencida], o que discutimos o quanto teria eficácia do ponto de vista de proteger e imunizar”, finalizou. Caso confirmada a aplicação das vacinas vencidas, os cidadãos serão convocados para receber uma nova dose do imunizante.

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