‘Ninguém está acima da lei’, diz presidente da CPI das Criptomoedas sobre Ronaldinho Gaúcho

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, Aureo Ribeiro comentou a determinação do colegiado sobre condução coercitiva do ex-jogador

  • Por Jovem Pan
  • 26/08/2023 09h47 - Atualizado em 26/08/2023 09h51
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Reprodução/Jovem Pan News Aureo Ribeiro Deputado federal Aureo Ribeiro durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News

O deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Pirâmides Financeiras, criticou neste sábado, 26, o não comparecimento no colegiado, pela segunda vez nesta semana, do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho. “Ninguém está acima da lei”, frisou em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News. “A lei é para todos. A lei é para o trabalhador, empresário, artista, celebridade, jogador, entre outros. Não vamos aceitar essa impunidade no Brasil. Estamos falando de milhões de pessoas lesadas. Pessoas que saíram dos seus empregos para depositar recursos nesse investimento prometido de garantia de retorno. Pessoas que têm uma sequela enorme por causa desse prejuízo. Então a maior celebridade que tem naquela CPI é o povo brasileiro, que vem sofrendo de pessoas que se aproveitaram da boa fé e retiraram seus recursos”, acrescentou Aureo Ribeiro. Na quinta-feira, 24, a presidência da também chamada de CPI das Criptomoedas determinou a condução coercitiva de Ronaldinho Gaúcho. O pedido foi feito após o ex-jogador, convocado para prestar depoimentos, não aparecer na Câmara dos Deputados pela segunda vez nesta semana. Relator da comissão, o deputado federal Ricardo Silva (PSD-SP) afirmou que o ídolo da seleção brasileira apresentou uma justificativa que não atendeu a prerrogativas legais. Segundo a defesa de Ronaldinho, ele não conseguiu viajar a Brasília por causa do mau tempo que cancelou voos em Porto Alegre.

Ronaldinho Gaúcho foi convocado por supostamente ser fundador e sócio-proprietário da empresa 18k. Segundo o deputado Ricardo Silva, “a empresa afirmava trabalhar com trading e arbitragem de criptomoedas e prometia a seus clientes rendimentos de até 2% ao dia, supostamente baseado em operações com moedas digitais”. O ex-jogador de futebol, porém, alega que teve sua imagem usada indevidamente e que também teria sido lesado. Esta, inclusive, foi a versão adotada por Roberto de Assis, irmão e empresário do ex-atleta, que compareceu à sessão nesta quinta-feira. “Meu irmão não é e nunca foi sócio da empresa. Eu e meu irmão não fomos sócios da 18K Ronaldinho. Meu irmão foi vítima dessa empresa e dos seus sócios, que utilizaram o nome e a imagem sem autorização. Inclusive, o Ronaldo já foi ouvido na condição de testemunha”, justificou Assis.

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