‘No dia que Doria, Huck e Moro forem de centro, eu sou de ultra-esquerda’, diz Ciro

O o ex-governador do Ceará não esconde o desejo de disputar a eleição presidencial em 2022

  • Por Jovem Pan
  • 10/11/2020 06h10 - Atualizado em 10/11/2020 08h28
Ciro foi candidato pelo PDT em 2018, recentemente, fez as pazes com o ex-presidente Lula

Ciro Gomes ataca ex-ministro Sergio Moro e governador João Doria após conversas com o apresentador Luciano Huck sobre possível aliança de centro às eleições presidenciais de 2022. Em São Paulo, após um ato de apoio ao candidato a prefeito Márcio França (PSB), o ex-governador do Ceará reagiu. “No dia que Doria, Huck e Moro forem de centro, eu sou de ultra-esquerda, o que eu nunca fui”. Ciro foi candidato pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) em 2018, recentemente, fez as pazes com o ex-presidente Lula e não esconde o desejo de mais uma vez disputar a cadeira ocupada por Jair Bolsonaro.

Em sua fala, o ex-juiz Sergio Moro foi o alvo principal, afirmando que o ex-ministro é “um grande malandro”. “Vamos ter compostura. Moro vendeu a toga em troca de um cargo vitalício, é um cara da extrema-direita. O Moro se veste como os fascistas italianos da década de 30. O Moro é fascista. Prendeu um adversário político, tirou o adversário político da eleição e, em seguida, aceitou ser ministro do que ganhou a eleição. Isso é uma lesão ética que transforma o Moro para mim em um grande malandro”. Sobre o governador João Doria, o ex-ministro de Lula disse que foi um prefeito que mentiu para o povo. “Ele já resolveu: vai terceirizar a Prefeitura para o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), vai terceirizar o governo do Estado para o DEM (Democratas). Esse é o plano dele, para ele ser o presidente da República. E vocês que se arrebentem”.

Sobre Luciano Huck, Ciro Gomes focou na inexperiência do possível candidato para o cargo. “É um apresentador de televisão. Ok, é uma tarefa das mais dignas. Isso prepara para enfrentar a maior crise social, econômica? O posicionamento internacional do Brasil, o Congresso hiper fraturado?”, questiona. “Só a irresponsabilidade de algumas pessoas da elite Brasileira é que permitem a gente acreditar isso”. Ciro Gomes minimiza ainda o impacto das eleições municipais deste ano, que acontecem neste mês, sobre o pleito de 2022. “2022 vai chegar e daqui para lá morre o burro e quem o tange. Então ninguém se preocupe em antecipar coisa de 2022 porque esse país só para quem não conhece, quem é muito amador imagina que a eleição municipal para lá.”

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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