Novo Hospital da Mulher irá ampliar atendimento às vítimas de violência sexual

Desde 2017, o Programa Bem-me-quer tem atendido em média cinco mil vítimas de crimes sexuais por ano

  • Por Jovem Pan
  • 12/10/2022 07h49
Marcos Santos/USP Palma de mão em primeiro plano e mulher com as mãos no rosto em segundo plano Projeto da Alesp que garante o auxílio-moradia para vítimas de violência doméstica foi sancionado com vetos pelo governador

Mulheres terão um atendimento personalizado com o aprimoramento de um programa no Hospital da Mulher, localizado no Centro de São Paulo. Nesta terça-feira, 11, o prefeito Ricardo Nunes (PSDB) falou sobre a parceria com o governo do Estado: “Uma nova ala, que já existia no Hospital Pérola Byington, passa a existir no Hospital da Mulher, com o atendimento do Programa Bem-me-quer, que foi iniciado lá em 2001, portanto há 21 anos, e dá atendimento às mulheres e crianças abaixo de 14 anos vítimas de violência”. A novidade do novo centro hospitalar é de que os serviços serão centralizados. O secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, apontou que a unidade atenderá às vítimas de violência realizando todos os procedimentos em um só lugar, o que evita o deslocamento dos pacientes: “Temos uma linha de cuidados que vai, desde a parte médica e psicológica, passando por toda a questão relacionada à Defensoria Pública e Ministério Público. Boletins de ocorrência são realizados. O Instituto Médico Legal está aqui localizado para a coleta de materiais e avaliações de eventuais danos do ponto de vista físico. E o início imediato de medicações que previnam uma gestação, que previnam infecções sexualmente transmissíveis, como o próprio HIV”.

“Dessa forma, em um local único, a integração e o acolhimento humanizado permitem às mulheres e crianças vítimas de violência sexual serem acolhidas”, declarou Gorinchteyn. O hospital, que é o maior da América Latina destinado às mulheres, funciona 24h por dia. Desde 2017, o Programa Bem-me-quer tem atendido em média cinco mil vítimas de crimes sexuais por ano. O maior número foi contabilizado em 2019, com 5.264 pessoas amparadas. Durante a pandemia esse número caiu e, somente neste anos, foram acolhidas 3.305 vítimas de violência sexual até o mês de agosto.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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