‘Novo ministro da Justiça sabe dos limites da pasta em relação à PF’, diz presidente de associação

Edvandir Paiva, da entidade que representa Delegados da Polícia Federal, afirmou que já havia uma expectativa de mudança no comando da pasta esperada para o segundo semestre

  • Por Jovem Pan
  • 30/03/2021 08h33 - Atualizado em 30/03/2021 08h38
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Reprodução bolsonaro-delegado-anderson-torres Para o presidente da ADPF, Anderson Torres tem bom conhecimento tanto de Justiça, quanto de Segurança Pública

O presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, afirmou que o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, “conhece muito bem e sabe dos limites da atuação do governo em relação à Polícia Federal“. Para ele, a expectativa é de que Torres saiba tramitar bem dentro desses limites. “Se tratar a PF como Polícia de Estado, procurar fortalecê-la e fazer boa coordenação, ele estará indo bem”, acredita.

Anderson Torres é o terceiro no comando da pasta neste governo e entrou na dança das cadeiras nesta segunda-feira, 29, envolvendo seis ministérios. No início de 2019, Sergio Moro era o responsável pela Justiça e Segurança Pública. Em abril do ano passado quem assumiu foi André Mendonça, que agora volta para a Advocacia-geral da União. Mendonça é o mais cotado para ser o “ministro terrivelmente evangélico” que vai assumir a cadeira de Marco Aurélio Mello em julho no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Paiva afirmou que já havia uma expectativa de mudança no comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública — mas não era esperada para o primeiro semestre. “O nome de Anderson sempre foi um dos mais cotados para assumir a pasta. Então não há uma surpresa muito grande, talvez só pelo momento. Entendemos que ele tem todos os conhecimentos para conduzir a pasta e fortalecer a Polícia Federal”, completou.

Para o presidente da ADPF, Anderson Torres tem bom conhecimento tanto de Justiça, quanto de Segurança Pública e também como assessor no parlamento. Isso deve dar base para o trato de alguns temas, além da tentativa de reverter o sentimento de abandono que os profissionais do setor sentem em relação a políticas governamentais. Quanto a relação com o governo federal, Edvandir Paiva acredita que o ministro só deve interferir quando for imprescindível — não em debates políticos.

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