Ocupação de leitos de UTI cresce quase 600% em um mês na capital paulista
Número saltou de 52 para 363; maioria dos internados não se vacinou ou não completou o ciclo vacinal
Dados da Secretaria de Saúde da cidade de São Paulo mostram que, em um mês, o número de pacientes ocupando leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) cresceu quase 600%. Em 24 de dezembro eram 52 internados na capital paulista e em 24 de janeiro o número saltou para 363. No mesmo período, a taxa de ocupação de leitos de UTI passou de 19% para 72%. O número de pacientes em enfermarias também cresceu, passando de 106 internados no para 458. Desde dezembro, a capital paulista vem observando o crescimento de casos de internações por Covid-19 nove por conta da nova variante Ômicron do coronavírus, a mais transmissível já descoberta até o momento.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse nesta terça-feira, 24, que a administração municipal se empenha na criação de novos leitos para o tratamento da Covid-19. “A grande maioria das pessoas que estão internadas não tomaram a vacina ou ciclo completo da vacina. A gente teve que aumentar 82 leitos de UTI para poder ficar de uma forma confortável, e a gente chega a 556 leitos de UTI na cidade, e aumentar 50 leitos de enfermaria, chegando a 685 leitos de enfermaria na cidade de São Paulo. Agora, o que a gente tem observado é que muitos que estão chegando à internação ou são idosos, tem comorbidades, ou muitos que não tomaram a vacina ou o ciclo completo. É muito importante que as pessoas completem o seu ciclo vacinal e, aqueles que não se vacinaram, se vacinar. São bem poucos. Numa cidade de 12,5 milhões de habitantes, evidentemente o ideal seria não ter ninguém, mas é um dado que está muito diferente daquilo que a gente tinha quando ainda não tínhamos um número de pessoas tão grande passados na cidade”, afirmou Nunes.
*Com informações do repórter Fernando Martins
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