Onda de violência no RN foi motivada por exigências de presidiários, diz secretário de segurança
Presos barganham benefícios como aparelhos de televisão e visitas íntimas e, até o momento, 30 suspeitos de cometerem atos de vandalismo já foram detidos
As ordens para os ataques de vandalismo em diversas cidades do Rio Grande do Norte desde a madrugada desta terça-feira, 14, foram motivadas por exigências de presidiários da Penitenciária de Alcaçuz. Os presos barganham benefícios como aparelhos de televisão e visitas íntimas, como informou o secretário de Segurança Pública, Francisco Araújo: “Segundo as investigações preliminares, conta-se que algumas lideranças de organizações criminosas estão reclamando com o tratamento que é dado dentro do sistema prisional. O sistema prisional do Rio Grande do Norte é um sistema que está controlado dentro dos presídios e muitas dessas pessoas querem benefícios. A lei de execução penal está sendo cumprida no Rio Grande do Norte, então o que for a mais não está dentro do ordenamento jurídico”. Pelo menos 24 cidades foram atingidas por incêndios e depredações em prédios públicos, comércios e veículos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, até o momento, 39 suspeitos já foram detidos.
Entre os presos, há um adolescente, quatro foragidos da Justiça recapturados, um tornozelado preso com arma de fogo, um tornozelado detido com galão de gasolina e um ferido que foi encaminhado a uma unidade de saúde. As forças de segurança, que contam com o apoio de 200 agentes da Força Nacional, apreenderam nove armas de fogo, um simulacro de arma de fogo, 35 artefatos explosivos, oito galões de gasolina, cinco motos, dois carros, além de dinheiro, drogas e munições. De acordo com o secretário, nesta quarta-feira, 15, foram registradas menos ocorrências: “Nós acreditamos que essa redução é justamente pelas ações das forças de segurança pública no enfrentamento à criminalidade. Houve a prisão desses infratores e inclusive a transferência de líderes de organizações criminosas do presídio de Alcaçuz para presídios federais. As investigações estão acontecendo entre a Polícia Federal, a Polícia Civil e o Ministério Público. Também já foram feitos pedidos para que outros líderes de organizações criminosas sejam transferidos do Rio Grande do Norte”.
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