Operação Rede Obscura combate internet ilegal controlada por facções no Rio de Janeiro

Ação, que cumpriu 17 mandados de busca e apreensão, mirou em provedores ilegais que, segundo as investigações, atuavam com o apoio logístico de facções criminosas

  • Por Jovem Pan
  • 06/08/2025 09h42
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Reprodução/Polícia Civil do RJ Operação da políca do RJ apreendeu fuzil, pistolas, dinheiro em espécie, joias, além de uma grande quantidade de equipamentos eletrônicos Operação da políca do RJ apreendeu fuzil, pistolas, dinheiro em espécie, joias, além de uma grande quantidade de equipamentos eletrônicos

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou Operação Rede Obscura, com o objetivo de desarticular um esquema de exploração clandestina de serviços de internet em comunidades da Zona Norte da capital e na Baixada Fluminense. A ação, que cumpriu 17 mandados de busca e apreensão, mirou em provedores ilegais que, segundo as investigações, atuavam com o apoio logístico de facções criminosas. As investigações, conduzidas pela Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), revelaram que os provedores ilegais contavam com o apoio de criminosos armados para garantir o monopólio do serviço nas áreas dominadas.

 Essa “segurança” armada impedia a atuação de operadoras legalizadas, promovendo vandalismo contra as redes de fibra óptica e a destruição de equipamentos de empresas concorrentes. Com isso, os moradores eram forçados a contratar os serviços dos provedores ligados às facções.

Durante a operação, foram apreendidos um fuzil, pistolas, dinheiro em espécie, joias, além de uma grande quantidade de equipamentos eletrônicos, como modens e cabos de fibra óptica, muitos deles furtados de outras operadoras. Duas centrais de internet clandestina foram desativadas e duas pessoas foram conduzidas à delegacia, sendo que um homem foi preso em flagrante por receptação. Em um dos locais, o Esquadrão Antibombas precisou ser acionado para remover um artefato explosivo.

De acordo com a Polícia Civil, a investigação identificou a atuação de pelo menos duas empresas vinculadas a grandes facções criminosas do Rio de Janeiro.[Uma delas, ligada ao Comando Vermelho, operava na região do Morro do Quitungo, em Brás de Pina. A outra, associada ao Terceiro Comando Puro, tinha atuação predominante em Cordovil e na Cidade Alta.

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O esquema não apenas prejudicava os moradores com um serviço de baixa qualidade e instável, mas também afetava serviços essenciais como escolas e unidades de saúde, que eram obrigadas a utilizar os provedores ilegais. Além da exploração do serviço de internet, a polícia investiga se as empresas também eram utilizadas para a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. A polícia fluminense informou que outras investigações estão em andamento e novas operações devem ser realizadas para combater a proliferação desse tipo de serviço clandestino.

*Com informações de Rodrigo Viga

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