Opositores de Evo Morales pedem apoio das Forças Armadas para tirá-lo do poder
Após a oposição pedir apoio aos militares, o presidente da Bolívia disse que seus rivais “buscam mortos”. Neste domingo (3), Evo Morales respondeu à declaração de Luis Fernando Camacho, Presidente do Comitê Cívico Pro Santa Cruz, que, durante comício no sábado a noite (2), convocou as Forças Armadas a se colocarem “do lado do povo”.
Segundo Morales, “estão buscando mortos que venham da polícia”. Já o ministro do Interior da Bolívia, Carlos Romero, disse que “quem pedir a intervenção militar estará pedindo sangue e morte”. Ele também afirmou que a convocação do opositor coincide com informações da Inteligência do país, que indicam que uma ação violenta estaria sendo preparada para esta segunda-feira (4), em La Paz.
A oposição aponta fraude na eleição do dia 20 de outubro, que levou Morales à reeleição. A Organização dos Estados Americanos (OEA) iniciou uma auditoria do pleito, mas o chefe da missão, Arturo Espinosa, renunciou após admitir que publicou artigos com críticas ao presidente boliviano.
O principal adversário de Morales, Carlos Mesa, rejeita a análise da OEA ou mesmo um segundo turno, e exige a realização de novas eleições sem a presença do atual presidente.
Desde o início dos protestos, no dia 21 de outubro, duas pessoas foram mortas e mais de 140 ficaram feridas.
*Com informações do repórter Matheus Meirelles
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